Neoplasias lobulares da mama: padrões morfológicos e associação com câncer e lesões precursoras / Lobular neoplasias of the breas: morphological patterns, association with cancer and precursor lesions

RESUMO

Apesar das neoplasias lobulares (NL) terem sido descritas há mais de sessenta anos, ainda suscita dúvidas em relação ao diagnóstico, história natural e tratamento. Avaliamos essas lesões conforme idade, procedimentos que deram origem aos espécimens, classificações, lesões epiteliais proliferativas e carcinomas associados. Revisamos 167 espécimens mamários com diagnóstico de neoplasia lobular, 57,5% com e 42,5% sem lesões associadas. Encontramos frequência de 9,68%. A média etária foi de 52,85 anos. As pacientes com NL associadas com câncer (56,8 anos) apresentaram média etária significativamente maior em relação à ausência desta associação (51,3 anos) (p menor que 0,001). As NL foram classificadas em graus 1,2 e 3, de Tavassoli em respectivamente 20 (12%), 80 (47,9%) e 67 (40,1%). Segundo os critérios de Page, foram 65 (38,9%) de hiperplasia lobular atípica (HLAT) e 102 (61,1 %) de carcinoma lobular ín sítu. Segundo o tipo histológico 81 (48,5%) eram da forma clássica, 66 (39,5%), híbrida e 20 (12%) pleomórfica. A classificação proposta por Tavassoli refletiu melhor a associação com câncer, (p igual 0,023). A linhagem lobular apresentou maior tendência para NL 3 e ductais com NL 2, assim como o padrão pleomórfico. Os procedimentos restritos ao mesmo quadrante diagnosticaram de 64% dos carcinomas, e 75% das neoplasias intraductais. Os carcinomas associados, 54% eram lobulares. A maior frequência deste diagnóstico foi em material de mamotomia (34,13%). Encontramos 58 casos (34,7%) de neoplasias intra­-epiteliais ductais 1B (HDAT). Quando associados com carcinomas, 50% dos casos eram da linhagem ductal, e 18,5% lobular. Observamos 12 casos (7,2%) de neoplasias intra-epiteliais ductais 1C a 3 (CDIS). As alterações com células colunares estavam presentes em 143 casos (85,6%) dos casos...