Avaliação imunoparasitológica de pacientes chagásicos submetidos ao tratamento específico e estudo da heterogeneidade genética de cepas de Trypanosoma cruzi isoladas de pacientes do Estado do Rio Grande do Sul / Imunoparasitológica evaluation of chagásicos patients submitted to the specific treatment and study of the genetic heterogeneidade of cepas of isolated Trypanosoma cruzi of patients of the State of the Rio Grande Do Sul

RESUMO

Duzentos e quarenta pacientes chagásicos crônicos de forma clínica indeterminada com idade de 17 a 53 anos, de ambos o sexos, provenientes de diferentes municípios do Estado do Rio Grande do Sul, foram submetidos à investigação sorológica (Imunofluorescência e ELISA), parasitológica e epidemiológica para infecção pelo Trypanosoma cruzi. Como controles foram utilizados 50 indivíduos não chagásicos. Os aspectos epidemiológicos foram avaliados através de questionário e o parasitológico através da hemocultura e da reação em cadeia da polimerase (PCR). A investigação epidemiológica mostrou que 211 (87,9 por cento) pacientes são procedentes de municípios do interior do estado e que a maioria é proveniente dos municípios de Dom Feliciano, Cachoeira do Sul, Santo Ângelo e São Gabriel. Cento e sessenta (66,7 por cento) pacientes possuem menos de cinco anos de escolaridade e 132 (55,0 por cento) referem contato prévio com triatomíneos em algum período da vida. Todos os pacientes foram IFI e ELISA positivos. Oitenta pacientes (33,3 por cento) apresentaram hemocultura positiva e 160 negativas. A PCR foi positiva em 208 (86,7 por cento) dos 240 pacientes. Oitenta pacientes com sorologia, hemocultura e PCR positivas foram tratados com Rochagan na dosagem de 5 mg/Kg/dia dividida em duas ou três vezes durante 60 dias. Todos eles negativaram e mantiveram as hemoculturas negativas durante os três anos de acompanhamento pós-tratamento. Setenta e seis pacientes mantiveram a sorologia positiva pós-tratamento embora com queda de dois a três títulos sorológicos. Nove (11,3 por cento) pacientes tratados negativaram a PCR após três anos de acompanhamento. Porém, só quatro pacientes negativaram a sorologia evidenciando cura