Decision making and semiotics: a view in homeopathy / Decisão e semiótica: um olhar em homeopatia

ABSTRACT

This paper discusses medical action, homeopathic medical action in particular, from a semiotic perspective. Any doctor – patient relation and communication aims at an action. Action in medicine follows a decision which is determined by the meaning of signs and operations with signs. In their turn, signs are conditioned in their perception and interpretation by the meaning they have to their receivers, both intra and intersubjectively. The meaning of signs in the medical context relates to reference values established by normative signs, around which semiotic fields are organized. Signs never appear isolated but in configurations, meaningful only from the perspective of some specific coherence. While decision-making is a consequence of meaning, meaning is conditioned by codes predetermined in both the sender and receiver of signs. Each and every medical action has an outcome which might give rise to a new series signs – decision – action. The outcome of medical action functions as a sign subsequent to previous ones, and a new configuration might appear, which allows for new action. Homeopathic signs have as their ultimate referent an individual; these signs are configured in a coherent way using the specific codes. Specific configurations allow for specific decisions and effective prescriptions of remedies when they point out to the individual.

RESUMO

O presente artigo discute a ação médica, particularmente a homeopática, de uma perspectiva semiótica. Toda relação e comunicação médico-paciente visa uma ação. A ação, em medicina, segue a uma decisão, por sua vez determinada pelo sentido de signos e operações com signos. Os signos estão condicionados em sua percepção e interpretação pelo sentido que têm para seus receptores, tanto intra quanto intersubjetivamente. O sentido dos signos no contexto médico se relaciona com valores de referência estabelecidos por signos normativos, ao redor dos quais são organizados campos semióticos. Os signos nunca aparecem isolados, mas em configurações, significantes somente como função de uma coerência específica. Enquanto a decisão é conseqüência do sentido, este é condicionado por códigos pré-determinados, tanto no emissor quanto no receptor dos signos. Toda ação médica tem um resultados que, por sua vez, pode originar uma nova série de signos - decisão - ação. O resultado da ação médica opera como signo subseqüente aos anteriores, e dessa maneira pode aparecer uma nova configuração que leva a uma nova ação. Os signos homeopáticos têm como referente último um indivíduo; esses signos se configuram de maneira coerente graças a códigos específicos. Configurações específicas levam a decisões específicas e prescrições efetivas de medicamentos quando visam o indivíduo.