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Flexibilização do discurso de gestão como estratégia para legitimar o poder empresarial na era do toyotismo: uma discussão a partir da vivência de trabalhadores / Flexibilization of the managerial discourse as a strategy to legitimate the power of companies in the age of toyotism: a discussion based on daily workers' experience
Bernardo, Márcia Hespanhol.
  • Bernardo, Márcia Hespanhol; Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Campinas. BR
Cad. psicol. soc. trab ; 12(1): 93-109, jun. 2009.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-534002
RESUMO
Nas últimas décadas, tem-se observado nos meios de comunicação e, sobretudo, na literatura de gestão empresarial, o predomínio de um discurso que afirma a superação do rígido taylorismo-fordismo por um modelo de organização do trabalho mais flexível, que também seria mais humanizado. Tal discurso assimila temas que, historicamente, fizeram parte das reivindicações de trabalhadores organizados, tais como participação, trabalho em equipe e autonomia. Considerando esse contexto, o presente artigo inicia-se com uma discussão sobre o papel do discurso de gestão empresarial na difusão do atual "espírito do capitalismo", destacando a vinculação da ideia de flexibilidade divulgada com o modelo de organização do trabalho denominado como toyotismo. A partir dos resultados de uma pesquisa que focalizou a vivência de trabalhadores em duas montadoras de automóveis, discute algumas características do poder empresarial na atualidade e o papel do discurso de gestão na legitimação desse poder. Também apresenta exemplos de táticas utilizadas pelos trabalhadores que se configuram como uma rede de antidisciplina, que se opõem ao poder empresarial. Conclui que a almejada legitimação do modelo de organização do trabalho toyotista não é conseguida plenamente pelas empresas focalizadas na pesquisa devido ao contraste entre discurso e prática.
ABSTRACT
In recent decades, the prevalence of a discourse which asserts that the hard Taylorism-Fordism was surpassed by a more flexible and humanized work organization model has been observed in the media and, above all, in the managerial literature. It has been noted that the main topics of that discourse – competence, work participation, teamwork and autonomy – deal with aspects that historically have been part of workers' claims. This article begins with a discussion regarding the role of the managerial discourse on the diffusion of the current "spirit of the capitalism". It is emphasized the link between the idea of flexibility and the work organization model named as Toyotism. Based on results of a research that focused on daily experiences of workers in two Japanese automobile companies having plants in Brazil, the article discusses some characteristics of Capital's power today and the role of the managerial discourse to legitimate this power. It also presents examples of tactics used by workers, which form a kind of "network of anti-discipline" against the power of companies. The conclusion is that the aimed legitimization of the Toyotist organization model of work adopted by these companies is not fully achieved because of the contrast between discourse and practices.
Subject(s)
Full text: Available Index: LILACS (Americas) Main subject: Power, Psychological / Communication / Working Conditions / Industry / Management Quality Circles / Occupational Groups Type of study: Prognostic study / Qualitative research / Risk factors Limits: Humans Language: Portuguese Journal: Cad. psicol. soc. trab Journal subject: Psychology Year: 2009 Type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Pontifícia Universidade Católica de Campinas/BR

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