Marcadores imunoistoquímicos de lesões precursoras do câncer do colo uterino associadas ao HPV: o papel da proteína de supressão tumoral p16ink4a / Immunohistochemistry markers for lesions preceding HPV-induced cervical cancer: the role of tumoral suppression p16ink4a protein

RESUMO

A relação entre o HPV e as lesões intra-epiteliais escamosas cervicais está bem estabelecida. O mecanismo de ação que o vírus parece utilizar para causar a transformação está associado a dois genes do HPV, E6 e E7. O gene E7 tem um papel importante induzindo alterações na célula hospedeira associadas à proteína do retinoblastoma (pRb ) e o fator de transcrição E2F. Quando o fenômeno induzido pelo E7 do HPV ocorre, há expressão da proteína p16INK4a que pode ser detectada por imunoistoquímica. Recentes trabalhos mostram a importância do uso de p16INK4a como marcador de transformação celular induzida pelo HPV e a sua utilidade clínica na prática, principalmente ajudando no diagnóstico de lesões intra-epiteliais escamosas de alto grau em biópsias. Esta revisão pretende fornecer ao leitor uma idéia atualizada de como alguns marcadores celulares podem contribuir para o diagnóstico e o prognóstico das neoplasias intra-epiteliais cervicais.

ABSTRACT

The HPV and cervical squamous intra-epithelial neoplasia relation is established. The mechanisms used by the virus which causes the transformation of the squamous intra-epithelial are associated to the E6 and E7 HPV genes The E7 gene has an important role inducing the host cell changes which are related to the retinoblastoma protein and E2F transcription factor. When the phenomenon induced by the E7 occurs, there is the expression of the p16INK4a protein which can be detected by immunohistochemistry. Recent studies have shown the importance of the use of the p16INK4a as a marker for cellular transformation induced by HPV and its clinical use in practice, mainly helping in the diagnosis of high grade squamous intra-epithelial lesions in biopsies. This revision intends to provide to the reader an update to the understanding of how cellular markers can contribute to improve the differential diagnosis of the squamous intra-epithelial neoplasia and its prognosis.