Violência e relações de poder / Violence and power relations

RESUMO

Este artigo é um aprofundamento de entrevista concedida a Rubem R. M. Barros da revista Educação (Passos, 2009). Numa linha de argumentação que tem por base a analítica do poder de Michel Foucault, apresenta-se diferenciação entre violência, processos de normalização social e relações de poder, estas últimas entendidas como condição de possibilidade para a existência de processos de autodeterminação e de resistência de sujeitos e coletividades. A partir do questionamento da violência no âmbito específico da educação, defende-se que é preciso discriminar pelo menos duas dimensões uma inerente às relações de poder entre educadores e estudantes, nela incluídos aspectos considerados comumente como indisciplina ou violência; outra, oriunda dos problemas sociais, que se manifestam de modo contumaz na escola.

ABSTRACT

This article is a deepening of an interview to Rubem R. M. Barros of the magazine Educação (Passos, 2009). A line of reasoning that is based on the analytical power of Michel Foucault, presents differentiation between violence, social standardization processes and relations of power, the latter understood as a condition of possibility for the existence of processes of individuals and collectivities self-determination and resistance. From the questioning of violence in the particular context of education, it is argued that we must distinguish at least two dimensions one, inherent to relations of power between educators and students, including aspects usually considered as indiscipline and violence; another, originated from social problems that are repeatedly manifested in the school.