Your browser doesn't support javascript.
loading
A persistência da noção de ato inseguro e a construção da culpa: os discursos sobre os acidentes de trabalho em uma indústria metalúrgica / The persistence of the notion of unsafe act and the construction of blame: the discourses on work accidents at a metallurgic industry
Oliveira, Fábio de.
  • Oliveira, Fábio de; Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia. Centro de Psicologia Aplicada ao Trabalho. São Paulo. BR
Rev. bras. saúde ocup ; 32(115)jan.-jun. 2007.
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-560142
RESUMO
Acidentes de trabalho (ATs) são conseqüências das formas pelas quais as sociedades produzem suas condições de existência e constituem-se como objetos sociais a partir de construções teórico-práticas. Tem-se constatado a existência de concepções calcadas em fatores pessoais ou psicológicos que responsabilizam os trabalhadores pelos ATs. Investigou-se a presença dessas concepções nas práticas discursivas de trabalhadores, procurando identificar os repertórios interpretativos e seus aspectos retóricos e argumentativos via análise de discurso. Realizou-se estudo de caso de empresa metalúrgica com base em observações, conversas informais, levantamento de documentos e entrevistas confrontativas com 20 operários. Constatou-se a presença marcante, nos modos de compreensão dos ATs, da Teoria dos Dominós e a predominância das explicações pelos atos inseguros, sustentadas pela naturalização dos riscos e por práticas institucionalizadas de difusão. No entanto, a construção discursiva dos ATs acontece de maneira dilemática, existindo contradições entre os diferentes repertórios interpretativos e a presença de eventos desnaturalizadores que produzem rupturas semânticas e manifestações de resistência. Assim, a pesquisa revelou aspectos polissêmicos e retóricos das práticas discursivas que atribuem significados aos ATs.
ABSTRACT
Work accidents (WA) are outcomes of the ways societies produce the conditions for their existence and become social objects by means of theoretical-practical constructions. Conceptions based on personal or psychological factors have been presented to blame workers for WA. We have investigated these conceptions in the workers discursive practices in an attempt to identify interpretative repertoires and their rhetoric and argumentative features. We conducted a case study at a metallurgic company. It was based on observations, informal conversations, evaluations of document, and interviews involving twenty workers. A pervasive presence of the Heinrichs Dominoes Theory was observed in the patterns of understanding WA, and the predominance of explanations for unsafe acts supported by naturalization of risks and by institutionalized transmission practices. Nevertheless, the discursive construction of the WA occurs in a dilemmatic way. We found contradictions among the different interpretative repertoires, as well as the presence of denaturalizing events; both of them produce semantic ruptures and manifestations of resistance. Thus, this research revealed polyssemic and rhetoric features of the discursive practices that attribute meanings to WA.

Full text: Available Index: LILACS (Americas) Type of study: Prognostic study / Qualitative research Language: Portuguese Journal: Rev. bras. saúde ocup Journal subject: Occupational Medicine / Public Health Year: 2007 Type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Universidade de São Paulo/BR

Similar

MEDLINE

...
LILACS

LIS

Full text: Available Index: LILACS (Americas) Type of study: Prognostic study / Qualitative research Language: Portuguese Journal: Rev. bras. saúde ocup Journal subject: Occupational Medicine / Public Health Year: 2007 Type: Article Affiliation country: Brazil Institution/Affiliation country: Universidade de São Paulo/BR