Grupos de reflexão: um recurso para as transformações do trabalho: [revisão] / Grupos de reflexión: un recurso en la transformación del trabajo: [revisión] / Reflection groups: a resource in work transformation: [review]

RESUMO

Este artigo objetiva apresentar em detalhes e discutir o método dos Grupos de Reflexão (GR) e as contribuições que pode trazer nas transformações do trabalho, para as áreas da ergonomia, saúde do trabalhador, saúde coletiva e para as práticas de prevenção, tratamento e reabilitação na psicologia social e do trabalho e terapia ocupacional. Os GRs são grupos temporários, que ocorrem, preferencialmente, fora do local de trabalho (seção), durante o horário de trabalho e têm participação delegativa e consultiva. Os GRs utilizam a técnica e os pressupostos teóricos dos grupos operativos (GOs) de Pichon Riviére na condução dos grupos, uma forma adaptada de grupo tripartite, e a atividade como recurso instrumental. Adicionalmente aos efeitos positivos na comunicação e ambiente psicossocial, os GRs contribuem para melhorias nos relacionamentos interpessoais, cooperação, comportamentos pessoais e de trabalho, vencendo a resistência à mudança e levando os participantes à aprendizagem. Esses efeitos positivos favorecem a mudanças nas condiçõese organização do trabalho. GRs representam uma forma de intervenção psicossocial útil no enfrentamento de obstáculos, comumente encontrados nas intervenções no trabalho, nos processos de reabilitação e de inserção profissional por meio da tarefa implícita e com aparticipação efetiva dos diversos atores sociais (diferentes níveis hierárquicos).

ABSTRACT

This article aims to present in details and to argue for the method of Groups of Reflection (GR) and the contributions these may bring in the transformations of work to ergonomics, worker health, collective health and the practices for prevention, treatment and rehabilitation in social psychology and occupational therapy. GRs are temporary groups created preferentially outside the workplace during working hours and having a delegate and advisory participation. GRs use the technique and theoretical grounds of Pichon-Riviére’s operative groups (OGs) in the animation of groups, a suitable form of tripartite group, and activity as an instrumental resource. In addition to the positive effect in communication and psychosocial environment, GRs contribute for improvements in interpersonal relationships, personal cooperation, behavior and work performance, surpassing the resistance to change and leading to learning for all participants. These positive effects favor changes in the conditions and organization of work. GRs represent a form of useful psychosocial intervention in the confrontation of obstacles commonly found in the interventions in work, in rehabilitation processes and professional insertion through the implicit task, and with the concrete participation of the several social actors (different hierarchic levels).

RESUMEN

Este artículo apunta presentar en detalles y defender el método de grupos de reflexión (GR) y las contribuciones que éstos pueden traer en las transformaciones del trabajo a la ergonómica, a la salud del trabajador, la salud colectiva y las prácticas para la prevención, el tratamiento y la rehabilitación en psicología social y terapia ocupacional. GRs son grupos temporales creados preferentemente fuera del lugar de trabajo durante las horas de trabajo y tienen un delegado y una participación consultiva. GRs usan la técnica y los argumentos teóricos de los grupos operativos de Pichon-Riviére (GOs) en la animación de grupos, una forma conveniente de grupo tripartito, y la actividad como recurso instrumental. Además del efecto positivo en la comunicación y el ambiente psicosocial, GRs contribuyen para la mejoría en las relaciones interpersonales, la cooperación personal, el comportamiento y el trabajo, sobrepasando la resistencia al cambio y llevando al aprendizaje para todos los participantes. El aspecto positivo de estos efectos cambia las condiciones y la organización del trabajo. GRs representa una forma de intervención psicosocial útil en la confrontación de los obstáculos encontrados comúnmente en las intervenciones en el trabajo, en procesos de rehabilitación y la inserción profesional con la tarea implícita, y con la participación concreta de los varios agentes sociales (diversos niveles jerárquicos).