Acesso aos serviços de Farmácia em atenção básica na SES-DF / Access to Pharmacy services in Primary Health Care at SES-DF

RESUMO

Este artigo utilizou os dados da Pesquisa de Assistência Farmacêutica em Atenção Básica realizada em 2006/2007 e tem o objetivo de analisar os indicadores de acesso referentes a esta pesquisa. Métodos: Foi realizado um estudo transversal e utilizados principalmente os indicadores baseados no Model Indicators for Monitoring National Drug Policies elaborados pela World Health Organization. Foi empregada a classificação dos indicadores de estrutura, processo e resultados, desenvolvida por Donabedian. As unidades avaliadas na pesquisa foram Diretoria de Assistência Farmacêutica; duas centrais de abastecimento farmacêuticos, e 66 farmácias ambulatoriais localizadas nos centros de saúde, unidades mistas e hospitais. Foram entrevistados 20 usuários por serviço com um total estimado de 1.320 pessoas (total real de 1330). Resultados: Relação de farmacêuticos que trabalham com assistência farmacêutica básica por habitante foi de 1216.000. 74% dos pacientes residiam na área de abrangência da unidade de saúde. Apenas 40,4% dos pacientes receberam todos os medicamentos na mesma unidade onde foram prescritos. O percentual médio de medicamentos traçadores disponíveis foi de 79,9% e o percentual de medicamentos dispensados foi aproximadamente 63%. A causa de não fornecimento mais freqüente encontrada foi a falta do medicamento na unidade (75,8%) e comprar o medicamento foi a opção mais utilizada pelos pacientes (79,3%). 10,5% dos pacientes relataram um novo atendimento médico devido a falta de medicamentos. Conclusão: a falta de medicamentos, de acordo com os indicadores apresentados, é um problema crônico na Secretaria de Saúde que podem levar a um desfecho ruim tanto para os pacientes como para o serviço.

ABSTRACT

This article obtained data from the Research on Pharmacy Assistance in the Primary health care carried out in 2006/2007 and analyzed the access indicators relating to the research. Methods: A transversal study was carried out mainly using the indicators from the Model Indicators for Monitoring National Drug Policies elaborated by the World Health Organization. We made use of the classification of indicators of structure, process and results, developed by Donabedian. The units evaluated included the Pharmaceutical Assistance Directorate; two pharmaceutical supply centers; and sixty six ambulatorial pharmacies located at health centers, mixed units and hospitals. Twenty users were interviewed at each establishment with an estimated total of 1320 people (actual total of 1330). Results: The relation of pharmaceutics that work with basic pharmaceutical assistance per inhabitant was of 1216.000. 74% of the patients dwelled in the health unit’s coverage area. Only 40,4% of the patients received all the drugs in the unit where they were prescribed. The medium percentage of tracable drugs available was 79,9% and the percentage of dispensed drugs was approximately 63%. The most frequent reason for not supplying the medication was the lack of the drug at the unit (75,8%) and frequently, in response to this the patients had to buy the unavailable medication (79,3%). 10,5% of the patients reported anew medical consultation due to the unavailability of drugs. Conclusion: According to the indicators presented, the unavailability of medication is a chronic problem in the Health Office which has a dreadful outcome for both patients and services.