Apresentação clínica e evolução de pacientes com infecção por Influenza A (H1N1) que necessitaram de terapia intensiva durante a pandemia de 2009 / Influenza A (H1N1) patients admitted to intensive care units during the 2009 pandemics: clinical features and outcomes
Rev. bras. ter. intensiva
; 22(4): 333-338, out.-dez. 2010. tab
Article
in Pt
| LILACS
| ID: lil-572683
Responsible library:
BR1.1
RESUMO
OBJETIVOS:
Descrever a apresentação clínica e a evolução dos pacientes admitidos com diagnóstico de infecção por influenza pandêmica (H1N1) em duas unidades de terapia intensiva de hospitais privados de São Paulo.MÉTODOS:
Foi realizada coorte retrospectiva com a avaliação de dados demográficos, da apresentação clínica inicial, escores prognósticos [Simplified Acute Physiology Score (SAPS) 3 e Sequential Organ Failure Assessment (SOFA)], comorbidades, de evolução e de tratamento de todos os pacientes que foram admitidos com diagnóstico confirmado de infecção por influenza pandêmico entre Julho e Setembro de 2009.RESULTADOS:
Durante o período analisado, foram admitidos 22 pacientes. A mediana de idade foi de 30 (25-43,5) anos. As medianas do SAPS 3 e do SOFA foram, respectivamente de 42 (37-49) e 2 (1-3,5). Comorbidades foram comuns (50 por cento), especialmente a obesidade (22,7 por cento). Duas (9,1 por cento) pacientes eram gestantes. Cinco (22,7 por cento) pacientes foram submetidos à ventilação mecânica, mas houve necessidade de altas pressões expiratórias nestes (mediana de 16cm H2O e intervalos interquartis 10-25cmH2O). A taxa de falha de ventilação não-invasiva foi de 50 por cento. A maior parte (77,2 por cento) dos pacientes foi tratada com oseltamivir. A mortalidade hospitalar foi de 4,5 por cento. SAPS 3, SOFA e relação PaO2/FiO2 iniciais associaram-se com a necessidade de ventilação mecânica (p<0,01).CONCLUSÕES:
A infecção por influenza pandêmico acometeu principalmente indivíduos jovens, especialmente obesos. Neste estudo, os pacientes eram menos graves que os descritos anteriormente, o que explica as menores mortalidade e necessidade de ventilação mecânica. No entanto, uma necessidade de altas pressões expiratórias nos pacientes que precisaram de ventilação mecânica.ABSTRACT
OBJECTIVES:
To describe the clinical features and outcomes of patients admitted with influenza A (H1N1) infection in two private hospitals' intensive care units in São Paulo, Brazil, during the 2009 pandemics.METHODS:
A retrospective cohort study was conducted to evaluate demographic data, initial clinical presentation, prognostic scores [Simplified Acute Physiology Score (SAPS) 3 and Sequential Organ Failure Assessment (SOFA)], comorbidities, outcomes and treatment of patients with confirmed pandemic influenza diagnosis from July to September 2009.RESULTS:
22 patients were admitted. Median age was 30 (25-43.5) years. Median SAPS 3 and SOFA were 42 (37-49) and 2 (1-3.5), respectively. Comorbidities were common (45.4 percent), especially obesity (22.7 percent). Two (9.1 percent) patients were pregnant. Five (22.7 percent) patients required invasive mechanical ventilation, with high positive end expiratory pressures (median of 16 cmH2O, interquartile range 10-25cmH2O). There was a 50 percent incidence of non-invasive ventilation failure. Most (77.2 percent) of patients were treated with oseltamivir. Hospital mortality was 4.5 percent. Initial SAPS 3, SOFA and PaO2/FiO2 ratio were associated with mechanical ventilation requirement (p<0.01).CONCLUSIONS:
Pandemic influenza infection mainly affected young and obese patients. In this study, patients were less severe than those previously described, what explains our low mortality and mechanical ventilation needs. However, high positive end expiratory pressures were required for mechanically ventilated patients.
Full text:
1
Index:
LILACS
Type of study:
Observational_studies
/
Prognostic_studies
/
Risk_factors_studies
/
Screening_studies
Language:
Pt
Journal:
Rev. bras. ter. intensiva
Journal subject:
TERAPIA INTENSIVA
Year:
2010
Type:
Article