Fatores econômicos e de estilo de vida podem interferir no ganho ponderal na gestação? / Economic and lifestyle factors may affect weight gain during pregnancy?

RESUMO

Objetivo: Avaliar os fatores socioeconômicos, demográficos e de estilo de vida que podem interferir no ganho ponderal excessivo em gestantes eutróficas. Métodos: Estudo de caso-controle que incluiu 200 gestantes de baixo risco obstétrico de 2 maternidades públicas do Estado de Goiás. As gestantes foram divididas em 2 grupos casos com ganho de peso excessivo (maior que 16Kg) e controles com ganho de peso dentro do recomendado (11,50 menor que a menor que 16Kg). As mulheres foram entrevistadas quanto as suas condições sociais, econômicas e de estilo de vida. A análise estatística foi realizada através do programa SPSS, versão 17.0. Resultados: A mediana da idade das pacientes foi 25,00 (22,00-29,00) anos para os casos e 24,00 (22,00-28,00) anos para os controles (p igual a 0,52). A renda per capita foi de 303,75 reais (225,60-500,00) para casos e 333,33 reais (175,00-480,00) para controles (p igual a 0,41). A mediana de escolaridade foi de 10,50 (9,00-12,00) anos para casos e 11,00 (9,00-12,00) anos para controles (p igual a 0,77). Houve 13,00 (13 por cento) fumantes no grupo de casos e 8,00 (8 por cento) no grupo de controles (p igual a 0,25). A frequência da prática de atividade física regular foi de 28,00 (28 por cento) gestantes nos casos e 31,00 (31 por cento) nos controles (p igual a 0,65). Em relação ao comportamento reprodutivo, não houve diferenças entre a frequência de paridade (p igual a 0,45) e abortos (p igual a 0,90) entre os grupos. O intervalo intergestacional foi de 27,00 (0,00-60,75) meses entre os casos e de 22,50 (0,00-47,75) meses entre os controles (p igual a 0,34). Conclusão: Os fatores sociais, econômicos, demográficos e de estilo de vida não influenciaram o ganho de peso.

ABSTRACT

Objective: To evaluate the social, economic, demographic and lifestyle factors related to the excessive weight gain during pregnancy in eutrophic women. Methods: This case-control study included 200 low-risk pregnant women in 2 public obstetric hospitals in Goiás, Brazil. The women were divided in 2 groups cases with excessive weight gain (greater than 16Kg) and controls within the recommended weight gain (11.50 less than a less than 16Kg). The women were inquired about their social, economic and lifestyle conditions. The software for statistical analyse were the SPSS version 17.0. Results: The median age was 25.00 (22.00-29.00) years-old for cases and 24.00 (22.00-28.00) years-old for controls (p equal to 0.52). The median per capita income was 303.75 reais (225.60-500.00) for cases and 333.33 reais (175.00-480.00) for controls (p equal to 0.41). The median education level was 10.50 (9.00-12.00) years for cases and 11.00 (9.00-12.00) years for controls (p equal to 0.77). There was 13.00 (13 percent) smokers among cases and 8.00 (8 percent) among controls (p equal to 0.25). The frequency of regular physical activity was 28.00 (28 percent) pregnant women among cases and 31.00 (31 percent) among controls (p equal to 0.65). About the reproductive behavior, there were no differences between groups for the parity (p equal to 0.45) and abortion (p equal to 0.90). The birth interval was 27.00 (0.00-60.75) months in cases and 22.50 (0.00-47.75) in controls (p equal to 0.34). Conclusion: The social, economic, demographic and lifestyle factors didn’t influence weight gain during pregnancy.