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Uso da Toxina Botulínica em Pacientes Laringectomizados Totais para Controle do Espasmo do Segmento Faringo-esofágico e aquisição de voz esofágica. / Botulinum toxin use for pharyngoesophageal spasm treatment in patients submited to total laryngectomy
Benedito Menezes, Marcelo; Lang Fouquet, Marina; T. Katayama, Eliana; de Oliveira Villareal, Francisco; Baba Suehara, Alexandre; Tupinambá Bertelli, Antonio Augusto; Gonçalves, Antonio José.
  • Benedito Menezes, Marcelo; Doutor. Chefe da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço - ISCMSP..
  • Lang Fouquet, Marina; Mestre (Responsável pelo Serviço de Fonoaudiologia em Cabeça e Pescoço da Santa Casa de São Paulo - ISCMSP..
  • T. Katayama, Eliana; Fonoaudióloga (Especializanda do Serviço de Fonoaudiologia em Cabeça e Pescoço da Santa Casa de São Paulo - ISCMSP..
  • de Oliveira Villareal, Francisco; Acadêmico (Acadêmico de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo..
  • Baba Suehara, Alexandre; Mestre. Assistente da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Santa Casa de São Paulo - ISCMSP..
  • Tupinambá Bertelli, Antonio Augusto; Mestre. Assistente da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Santa Casa de São Paulo - ISCMSP..
  • Gonçalves, Antonio José; Professor livre-docente (Diretor do Departamento de Cirurgia da Santa Casa de São Paulo - ISCMSP..
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: lil-639245
RESUMO

Introdução:

A Laringectomia total é o tratamento mais utilizadoem pacientes com neoplasias da laringe, principalmente porcausa da segurança oferecida pela sua margem cirúrgica. Mascom a retirada das cordas vocais o paciente tem a sua qualidadede vida prejudicada, pela perda de seu mais importante meio decomunicação. Os principais métodos de reabilitação são a laringeeletrônica, a prótese traqueoesofágica e a voz esofágica (VE).Uma das vantagens da voz esofágica em relação aos outrosmétodos é seu baixo custo por não necessitar de aparelho ouprótese. No Brasil a VE é o principal meio de reabilitação vocalapós a Laringectomia total, mas ela apresenta porcentagem desucesso de 31%, principalmente devido a espasmo e hipertoniado segmento faringo-esofagico (SFE) para tratamento dahipertonia do SFE pode ser feito a miotomia cirúrgica ou a injeçãode neurotoxina que neste caso é a toxina botulínica. A toxinabotulínica é produzida pela Clostridia botulinnum que causa obloqueio pré-sináptico impedindo a liberação de acetilcolinana junção neuromuscular. Estudos, com injeção desta toxina,apresentam resultados positivos com pacientes que utilizamprótese traqueoesofágica. Praticamente todas as pesquisasreferem-se à aplicabilidade da toxina em pacientes que utilizama prótese traqueo-esofágica e não foram encontrados estudosno mesmo sentido em paciente que apresentam a voz esofágicacomo meio de comunicação.

Objetivo:

Objetivo deste estudo éavaliar o efeito relaxante da aplicação de toxina botulínica empaciente laringectomizados totais com hipertonia do segmentofaringoesofágico.

Método:

A casuística deste estudo consistede dez pacientes submetidos à Laringectomia total atendidos noServiço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e de fonoaudiologiad Santa Casa de São Paulo e que apresentam diagnóstico dehipertonia do SFE (oito que não desenvolveram VE e doispacientes que utilizam prótese traqueoesofágica e não emitemvoz), que foram avaliados por fonoaudiólogos e submetidos aostestes de insuflação de SFE, injeção percutânea de anestésicolocal e videoglutograma para identificar e localizar o SFEhipertônico e predizer se a neurotoxina tem efeito relaxante sobrea musculatura. Foi realiza gravação das vozes dos pacientes antes Foi injetado em cada paciente 66 unidades de Botox® diluído em3 mL de solução salina divididos em 3 pontos ao longo do SFEhipertônico em apenas um lado do pescoço realizando o retorno 2semanas após a aplicação para gravação e avaliação das vozesterapia fonoaudiológica mensal dos pacientes, com gravaçãodas voz, durante 6 meses.

Resultados:

Antes da aplicação datoxina nenhum paciente apresentava emissão de Voz. Todosapresentaram alguma emissão após receberem a toxina.Dos seis que usam voz esofágica, apenas dois apresentaramresultados duradouros, enquanto os dois que usam voz traqueoesofágicamantiveram a boa emissão até o fechamento do estudo.Discussão A toxina botulínica teve efeito relaxante a curtoprazo em todos os pacientes. Com a aplicação da mesma dosede toxina, a duração do efeito variou entre os pacientes (efeitoduradouro e continuo em pacientes com prótese traqueoesofagicae efeito a curto prazo na maioria dos pacientes que utilizam a VE).

Conclusão:

Com os resultados encontrados concluímos que atoxina botulínica, na dose utilizada, não teve efeito duradouro nospacientes que não emitem VE devido à hipertonia do SFE.

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Index: LILACS (Americas) Language: Portuguese Journal: Rev. bras. cir. cabeça pescoço Year: 2012 Type: Article Affiliation country: Brazil

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