Avaliação das funções executivas em alcoolistas / Assessment of executive function in alcoholics

RESUMO

A dependência do álcool apresenta alterações cognitivas, destacam-se as funções executivas, que são responsáveis pelo raciocínio verbal, resolução de problemas, planejamento, atenção, resistência a interferências, utilização de feedback e flexibilidade cognitiva. Avaliar os prejuízos nas funções executivas. Estudo quantitativo, com uma amostra de 90 pacientes alcoolistas internados. Os instrumentos utilizados foram: Questionário de Dados Sociodemográficos, Critérios Brasil de Classificação Econômica, Questionário SADD (Short Alcohol Dependence Data), Screening Cognitivo ? Escala de Inteligência Wechsler para Adultos ? WAIS ? III (subtestes vocabulário, cubos e códigos), Teste de Figuras Complexas de Rey, Inventário Beck de Ansiedade (BAI), Inventário Beck de Depressão (BDI-II) e o Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (Wisconsin Card Sorting Test ? WCST). Demonstrou-se comprometimento cognitivo, no que se refere às categorias concluídas, número total de erros, erros perseverativos, ensaios para completar a 1ª categoria, erros não-perseverativos, fracasso em manter o contexto e aprendendo a aprender do WCST. Foram observadas, também, correlações com o BDI-II, com o teste de figuras complexas de Rey, tanto na tarefa cópia quanto na tarefa memória. Alcoolistas apresentam prejuízos na memória imediata e na percepção visual, baixa capacidade de resolução de problemas e menor flexibilidade mental, o que ressalta a importância de avaliações bem conduzidas para melhores resultados nos tratamentos.