Dor e analgesia em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida / Pain and analgesia in patients with acquired immunodeficiency syndrome
Rev. dor
;
13(4): 332-337, out.-dez. 2012. tab
Article
in Portuguese
| LILACS
| ID: lil-660993
RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
Em pacientes com síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), o subdiagnóstico e o subtratamento da dor são alarmantes e poucos estudos analisam esse tema, bem como os registros de sua ocorrência. O objetivo deste estudo foi analisar registros sobre dor e analgesia em prontuários de pacientes com SIDA internados.MÉTODO:
Pesquisa documental, com análise de 63 prontuários, realizado em hospital de referência no tratamento da SIDA no Ceará, em 2010. Utilizou-se check-list para obtenção de dados e os resultados foram apresentados em tabelas com frequências relativo/absoluta.RESULTADOS:
Encontrou-se registro de dor na maioria dos prontuários (90,5%), especificando localização (90,5%), fatores de melhora/piora (55,6%), intensidade (39,7%), frequência (25,4%), entre outros aspectos. Foram responsáveis pelos registros médicos (94,7%), enfermeiros (87,8%) e fisioterapeutas (12,2%). Quanto à localização, prevaleceu cefaleia (50,9%), dor abdominal (52,6%), torácica (33,3%), membros inferiores (24,6%) e lombalgia (29,8%). Quanto à intensidade, dor forte (56%), leve (28%) e moderada (16%). Quanto à duração, dor contínua (62,5%) e intermitente (37,5%). Nas prescrições farmacológicas, predominou anti-inflamatório não esteroide (66,7%), seguido de analgésicos simples (44,4%) e adjuvantes (41,3%). Medidas não farmacológicas foram prescritas em apenas 11% dos prontuários.CONCLUSÃO:
É necessária a atenção dos profissionais para o registro de informações detalhadas das queixas álgicas dos pacientes com SIDA, com a adoção de instrumentos adequados para a avaliação e registro dos dados avaliados, para melhorar a assistência e o controle da dor que incide na maioria desses pacientes.ABSTRACT
BACKGROUND AND OBJECTIVES:
In acquired immunodeficiency syndrome (AIDS) patients, pain underdiagnostic and undertreatment are alarming and few studies have evaluated this subject, as well as the records of its incidence. This study aimed at analyzing records about pain and analgesia of hospitalized AIDS patients.METHOD:
Documental research with the analysis of 63 medical charts of an AIDS treatment reference hospital of Ceará, in 2010. Data were collected via checklist and results were presented in tables with relative/absolute frequencies.RESULTS:
Most medical charts had pain records (90.5%), specifying location (90.5%), improvement/worsening factors (55.6%), intensity (39.7%) and frequency (25.4%), among other aspects. Responsible for medical charts were physicians (94.7%), nurses (87.8%) and physical therapists (12.2%). Most frequent sites were headache (50.9%), abdominal pain (52.6%), chest (33.3%), lower limbs (24.6%) and low back pain (29.8%). As to intensity, pain was severe (56%), mild (28%) and moderate (16%). As to duration, pain was continuous (62.5%) and intermittent (37.5%). There has been predominance of non-steroid anti-inflammatory drugs (66.7%), followed by common analgesics (44.4%) and adjuvants (41.3%). Non-pharmacological measures were prescribed in just 11% of medical charts.CONCLUSION:
Health professionals have to pay attention to the detailed recording of pain complaints of AIDS patients, with the adoption of adequate tools to evaluate and record evaluated data, to improve assistance and control pain affecting most of these patients.
Full text:
Available
Index:
LILACS (Americas)
Main subject:
Pain
/
Pain Measurement
/
Records
/
Acquired Immunodeficiency Syndrome
/
Analgesia
Type of study:
Prognostic study
Language:
Portuguese
Journal:
Rev. dor
Journal subject:
Psychophysiology
/
Therapeutics
Year:
2012
Type:
Article
Affiliation country:
Brazil
Institution/Affiliation country:
Universidade Estadual do Ceará/BR
/
Universidade de Fortaleza/BR
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