Alteração da altura papilar interincisiva devido a movimentação ortodôntica: avaliação em modelos de estudo e imagens tridimensionais / Change of incisive papilla height due to orthodontic movement: an evaluation in study models and three-dimensional images

ABSTRACT

The presence of gingival papillae in the anterior maxilla is essential to the aesthetics of the smile. The aim of this study was to evaluate alterations in the height of the upper central incisive papilla, before and after orthodontic movement, using study casts and cone beam computed tomography (CBCT). Sixteen patients between the ages of 13 and 18 years underwent orthodontic treatment. The height of the papillae was calculated in both initial and final study casts by drawing a horizontal line tangent to the zenith of the central incisors and inscribing a vertical line perpendicular to the horizontal line. Papilla height was defi ned as the distance from the tip of the papilla to the point of intersection between the two lines. Initial and final (after orthodontic treatment) CBCT images were analyzed, and the height of interproximal papillae was calculated by measuring the distance from the tip of the papilla to the alveolar bone crest. This measurement was performed in both sagittal and coronal plane views. Data were statistically analyzed using the Student t test. The level of significance was 5%. Initial mean papilla height was 4.6 ± 0.8 mm, and the final value in study casts was 4.3 ± 1.2 mm; there was not a statistically significant difference between initial and final values (p = 0.309). In the CBCT coronal sections, initial mean papilla height was 3.5 ± 1.2 mm vs. 3.1 ± 0.7 mm after treatment (p = 0.094); again, no statistically significant differences were observed. In the sagittal plane, there was a significant difference (p = 0.05) between initial (3.7 ± 1.1 mm) and final (3.1 ± 0.6 mm) mean papilla height. According to our findings, and to the different measuring techniques employed, the height of the papilla changed little as a result of orthodontic therapy.

RESUMO

A presença de papila gengival na região anterior da maxila é essencial para a estética do sorriso. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações na altura papilar dos incisivos centrais superiores, antes e após movimentação ortodôntica, utilizando modelos de estudo e tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Dezesseis pacientes, com idades entre 13 e 18 anos, foram submetidos a tratamento ortodôntico. A altura da papila foi calculada nos modelos de estudo iniciais e finais. Para isso, uma linha horizontal foi traçada tangente ao zênite dos incisivos centrais e uma linha vertical foi inscrita perpendicularmente à linha horizontal. A altura papilar foi definida como a distância entre a ponta da papila até o ponto de intersecção entre as duas linhas . Nas imagens TCFC inicial e final de cada paciente, a altura da papila foi caldulada com base na distância do ponto de contato interproximal até a crista do osso alveolar. Esta medida foi realizada em cortes sagitais e coronais. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando teste t de Student. O nível de significância foi de 5%. A altura média inicial papilar foi de 4,6± 0,8 mm, e a final, de 4,3 ± 1,2 mm; não houve diferença estatisticamente significativa entre as medidas (p = 0,309). No corte coronal da TCFC, a altura média inicial papilar foi de 3,5 ± 1,2 mm, e a final, de 3,1 ± 0,7 mm final (p = 0,094); novamente, não houve diferença estatisticamente significativa. No corte sagital, houve uma diferença significativa (p = 0,05) entre as alturas inicial (3,7 ± 1,1 mm) e final (3,1 ± 0,6 mm) média papilar. De acordo com nossos resultados e com os diferentes métodos de medição empregados, a altura da papila sofreu pouca alteração após terapia ortodôntica.