Efeito da facilitação neuromuscular proprioceptiva e pré-ativação dinâmica dos antagonistas sobre a força isométrica máxima e sinal eletromiográfico / Effects of proprioceptive neuromuscular facilitation and antagonist dynamic pre-activation on maximal isometric force and electromyographic signal

RESUMO

Uma das principais adaptações neurais relacionadas ao treinamento de força é a redução progressiva na coativação dos músculos antagonistas e aumento da ativação dos agonistas. Recentemente, evidências sugerem que a pré-ativação dos antagonistas pode melhorar o desempenho dos agonistas, entretanto, não há evidências consistentes que suportem tal hipótese. O objetivo do estudo foi verificar as respostas eletromiográficas (EMG) do latíssimo do dorso (LD), porção espinal do deltoide (DE), porção clavicular do peitoral maior (PC), porção clavicular do deltoide (DC) e força isométrica máxima (Fmáx) durante o exercício de remada aberta (RA) em isometria após facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNPA) e pré-ativação dinâmica dos antagonistas no teste de flexão de braços (PADA). Participaram do estudo 10 homens (23,1 ± 3 anos de idade, 77,7 ± 6,5 kg de massa corporal, 167,5 ± 4,8 cm de estatura e 25,6 ± 2,3 kg/m2 de índice de massa corporal) recreacionalmente treinados. A amplitude do sinal EMG foi normalizada por ações isométricas voluntárias máximas (AIVMs). Na análise estatística, foi aplicada a ANOVA two-way e post hoc de Bonferroni para realizar as devidas comparações (p < 0,05). Não foram observadas diferenças significativas na Fmáx após os protocolos FNPA e PADA comparados ao exercício de RA sem estímulo prévio (RSEP). Em relação à amplitude EMG dos músculos LD, DE (agonistas), PC e DC (antagonistas), não foram observadas diferenças significativas entre os protocolos RSEP, FNPA e PADA. Esses resultados sugerem que parece não haver benefícios adicionais na aplicação da técnica de FNP contract-relax e pré-ativação nos antagonistas sobre o sinal EMG e Fmáx dos agonistas baseado na hipótese de inibição neurológica dos antagonistas.

ABSTRACT

One of the main related neural adaptations to strength training is the progressive reduction in the antagonist coactivation and increased in agonist activation. Recently, evidence suggests that antagonist pre-activation can improve the agonist performance, however, there is no consistent evidence to support this hypothesis. The purpose of this study was to investigate electromyographic responses (EMG) of the latissimus dorsi (LD), spinal portion of deltoid (DE), clavicular portion of pectoralis major (PC), clavicular portion of deltoid (DC) and maximal isometric force (Fmax) during the isometric exercise of wide grip seated row (SR) after proprioceptive neuromuscular facilitation (FNPA) and antagonist dynamics pre-activation in the push up test (PADA). The study included 10 men (23.1 ± 3 years of age, 77.7 ± 6.5 kg body weight, 167.5 ± 4.8 cm in height and 25.6 ± 2.3 kg/m2 index body weight) recreationally trained. The EMG amplitude was normalized by maximum voluntary isometric actions (MVIAs). Statistical analysis was applied the two-way ANOVA and post hoc Bonferroni to perform the comparisons (p < 0.05). There were no significant differences in Fmax after the protocols FNPA and PADA compared the performance of SR without previous stimulus (RSEP). Regarding the EMG amplitude LD, DE (agonists), PC and DC (antagonists), there were no significant differences between the protocols RSEP, FNPA and PADA. These results suggest that there is no additional benefits in applying the technique of PNF contract-relax and pre-activation in the antagonists on the EMG signal and Fmax based on the hypothesis of neurological inhibition of antagonists.