Noncarious cervical lesions in occlusion service patients: occlusal aspects and risk factors / Lesões cervicais não cariosas em pacientes de serviços de oclusão: aspectos oclusais e fatores de risco

ABSTRACT

Objective: To evaluate the occlusal aspects of patients with and without noncarious cervical injury and identify its risk factors. Method: Through a cross-sectional study, 88 patients of both sexes between 18 and 71 years old were evaluated, in Occlusion services in the cities of João Pessoa and Campina Grande. Clinical assessments were performed by a single calibrated examiner to check the occlusal aspects of patients with and without injuries, through descriptive and non-parametric analysis with 5% significance level and 95% of confidence interval. Results: Parafunctional habits were identified at a frequency of 92.0% of the patients. Unilateral chewing was not associated with the presence of lesions. The side disocclusion by the canine was prevalent in the whole sample. Occlusal interference in maximal intercuspal position and in nonworking side were presented as risk factors for the higher number of lesions and their development. Wear facets were common in the premolar groups and the maxillary arch in patients with lesions. Conclusion: Occlusal factors pose risks for the development and greater number of noncarious cervical lesions.

RESUMO

Objetivo: Observar os aspectos oclusais de pacientes com e sem lesão cervical não cariosa e identificar os fatores de risco das mesmas. Método: Através de um estudo transversal foram avaliados 88 pacientes, de ambos os sexos, entre 18 e 71 anos, nos Serviços de Oclusão das cidades de João Pessoa e Campina Grande. Realizaram-se avaliações clínicas, por um único examinador calibrado, para verificar os aspectos oclusais dos pacientes com e sem lesões. Através de análises descritivas e não paramétricas com 5% de nível significância e 95% de intervalo de confiança. Resultados: Os hábitos parafuncionais foram identificados em uma frequência de 92,0% dos pacientes. A mastigação unilateral não apresentou associação com a presença das lesões. A desoclusão lateral pelo canino foi prevalente em toda amostra. Interferências oclusais em máxima intercuspidação habitual e lado de não trabalho apresentaram-se como fatores de risco para o maior número de lesões e o desenvolvimento das mesmas. Facetas de desgaste foram frequentes no grupo de pré-molares e no arco superior em pacientes com lesões. Conclusão: Fatores oclusais representam risco para o desenvolvimento e maior número de lesões cervicais não cariosas.