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Desconstruindo o conceito de função paterna: um paradigma interpelado / Deconstructing the concept of paternal function: a questioned paradigm
Fiorini, Leticia Glocer.
Affiliation
  • Fiorini, Leticia Glocer; Asociación Psicoanalítica Argentina. Buenos Aires. AR
Rev. psicanal ; 22(2): 479-491, ago. 2015.
Article in Pt | LILACS | ID: lil-786634
Responsible library: BR18.1
RESUMO
A autora desenvolve um trabalho de desconstrução da noção de função paterna enquanto proposta como um elemento essencial para separar o filho de sua mãe e assegurar sua inserção em um universo simbólico. Percorrem-se algum marcos que derivam da noção de patriarcado e as suas ligações com a conceituação de função paterna. Isso tem forte influência em algumas postulações da psicanálise. A necessidade de uma análise genealógica e de historizar esta função é reforçada. Enfatiza-se que há na mãe suficientes reservas simbólicas para exercer essa função, sem recorrer à explicação – de caráter tautológico – de que o Pai dita a Lei e introduz essa função na mãe, para que esta possa exercê-la. Pelo contrário, é uma legalidade que está além de uma figura, mesmo no seu aspecto metafórico, proposta por uma determinada organização sociocultural e discursiva. Esta proposta permite desarticular a frequente validação mãe/natureza versus pai/cultura/logos separador e descentralizar essa dicotomia. Defende-se que o papel do pai é uma operação simbólica que deveria denominar-se, com propriedade, função terceira, independentemente de quem a exerça e além de dicotomias empobrecedoras. Geralmente é exercida pelo pai, mas pode ser exercida pela mãe ou outros, através de suas próprias reservas simbólicas e desejos. Torna-se, portanto, mais complexa a rede que permite o exercício de terceiridade nos processos de subjetivação. Considerar que essa função terceira, simbólica, também pode ser exercida pela mãe enriquece a compreensão da constituição do sujeito em uma trama de laços sociais.
ABSTRACT
The author develops a deconstruction work of the paternal function notion when proposed as an essential element to separate the child from his mother and ensure his inclusion in a symbolic universe. Some milestones that has a strong influence on some psychoanalytic postulates, derived from the notion of patriarchy and its links to the concept of paternal function are covered. It is enhanced the need for a genealogical and historical analysis of this function. It emphasizes that the mother has enough symbolic reserves to perform this function, without having to resort to the explanation – of tautological character – that the Father dictates the Law and introduces this function in the mother, so that she can exercise it. On the contrary, it is a legality beyond a figure, even in its metaphorical aspect, proposed by a socio-cultural and discursive organization. This proposal allows us to disrupt the frequent homologation mother/nature versus father/culture/logos, which separates, and to decentralize this dichotomy. It postulates that the father’s role is a symbolic operation that should be called third function, regardless of who performs it and beyond impoverishing dichotomies. Usually, the father exercises it, but also the mother, or others, can do it, through their own symbolic reserves and desires. The network that allows the exercise of thirdness in subjective processes becomes, therefore, more complex. The consideration that the mother may also exercise this third function, symbolic, enriches the understanding of the constitution of the subject in a web of social ties.
RESUMEN
La autora desarrolla un trabajo de deconstrucción de la noción de función paterna en tanto es propuesta como un elemento esencial para separar al hijo de la madre y asegurar su inserción en un universo simbólico. Se recorren algunos hitos que derivan de la noción de patriarcado y sus eslabonamientos con la conceptualización de función paterna. Esto tiene fuerte influencia en algunas postulaciones psicoanalíticas. Se remarca la necesidad de efectuar un análisis genealógico e historizar esta función. Se enfatiza que hay en la madre suficientes reservas simbólicas para ejercer esa función sin recurrir a la explicación – de carácter tautológico – de que el Padre dicta la Ley e introduce esa función en la madre para que así ésta la pueda ejercer. Por el contrario, se trata de una legalidad que está más allá de una figura, aún en su vertiente metafórica, propuesta por una determinada organización socio-cultural y discursiva. Esta propuesta permite desarticular la frecuente homologación madre/naturaleza versus padre/cultura/ logos separador, y descentrar esa dicotomía. Se postula que la función paterna es una operatoria simbólica que debería denominarse con propiedad función tercera, independientemente de quién la ejerza y más allá de dicotomías empobrecedoras. Habitualmente es ejercida por el padre, pero puede ser ejercida por la madre u otros, a través de sus propias reservas simbólicas y deseos. Se complejiza así la red que permite el ejercicio de la terceridad en los procesos de subjetivación. Considerar que esa función tercera, simbólica, puede también ser ejercida por la madre enriquece la comprensión sobre la constitución del sujeto en un entramado de lazos sociales.
Subject(s)
Key words
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Index: LILACS Main subject: Father-Child Relations / Fathers / Individuation / Mother-Child Relations Limits: Female / Humans / Male Language: Pt Journal: Rev. psicanal Journal subject: PSIQUIATRIA Year: 2015 Type: Article
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Index: LILACS Main subject: Father-Child Relations / Fathers / Individuation / Mother-Child Relations Limits: Female / Humans / Male Language: Pt Journal: Rev. psicanal Journal subject: PSIQUIATRIA Year: 2015 Type: Article