Disautonomia cardíaca diabética: avaliaçäo clínica e farmacológica / Diabetic cardiac dysautonomia: clinical and pharmacological evaluation

RESUMO

Foram estudados 32 portadores de diabetes mellitus insulino-dependente (tipo I), com a finalidade de detectar o envolvimento do sistema nervoso autonômico cardiovascular. Eram 16 homens (50%), com idades variando de 9 a 64 (média de 29,03) anos e tempo médio de duraçäo da doença de 6,5 anos. O estudo do sistema autonômico consistiu na realizaçäo de testes clínicos (arritmia sinusal respiratória, Valsalva, isométrico e supinoz) e farmacológicos (propranolol e atropina), com medidas de freqüência cardíaca e pressäo arterial. Os resultados obtidos foram submetidos a diversos estudos estatísticos. Aplicando a escala de complicaçöes diabéticas, verificou-se que 10 doentes (31,25%) näo apresentavam complicaçöes, 14 (43,75%) alcançaram o grau 1 da escala, 4 (12,05%) 2, 2 (6,25%) 3 e 2 (6,25%) 4. Tal distribuiçäo apresentou correlaçäo significativa com o tempo de duraçäo da doença (p < ,01). A análise dos testes autonômicos revelou que 12 (37,50%) apresentavam lesäo parassimpática, 5 (15,62%) lesäo simpática e 2 (6,25%) lesäo mista. Na populaçäo estudada, 13 doentes (40,62%) näo apresentavam alteraçöes autonômicas, 19 (59,38%) possuiam algum grau de disautonomia cardiovascular; desses, 15 (46,87%) apresentavam lesöes precoces e 4 (12,50%) lesöes definitivas