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Narrativas sobre as práticas de maternagem na prisão: a encruzilhada da ordem discursiva prisional e da ordem discursiva do cuidado / Narratives on mothering practices in prison: the crossroads between the prison system's discursive order and the discursive order of care / Relatos sobre prácticas de maternidad en prisión: la encrucijada entre el orden discursivo de la prisión y el del cuidado
Nunes, Lívia Rangel de Christo; Deslandes, Suely Ferreira; Jannotti, Claudia Bonan.
Afiliación
  • Nunes, Lívia Rangel de Christo; Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. BR
  • Deslandes, Suely Ferreira; Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro. BR
  • Jannotti, Claudia Bonan; Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Saúde da mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira. Rio de Janeiro. BR
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(12): e00215719, 2020.
Article en Pt | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1142639
Biblioteca responsable: BR1.1
RESUMO
Resumo Quando dão à luz durante o período de aprisionamento, as mulheres presas têm o direito de conviver com seus filhos em unidades específicas para mães e bebês, pelo período mínimo de seis meses. Essa convivência tem como foco o cuidado e a proteção da criança, mas ocorre em um ambiente ordenado pela ordem prisional. Este estudo tem como objetivo analisar o exercício das práticas de cuidado materno na prisão. Foram realizadas seis entrevistas narrativas no Rio de Janeiro, Brasil duas com mulheres que vivenciaram a experiência de maternagem no período de aprisionamento na Unidade Materno Infantil do Complexo Penitenciário de Gericinó e quatro com profissionais de organizações não governamentais que trabalharam com mulheres que tiveram seus bebês no período de encarceramento. A análise das narrativas foi feita a partir da interpretação dos papéis e das relações entre as personagens narradas e a forma como suas interações modelam as histórias contadas. Por fim, realizou-se a articulação interpretativa entre as narrativas e o referencial teórico sobre gênero e prisões. Concluiu-se que as normas prisionais e as normas de cuidado se tensionam e convergem em uma dinâmica que busca beneficiar o bebê, sem deixar de punir a mulher. Dessa maneira, a experiência de maternagem na prisão atua como forma de reafirmar uma moralidade de gênero, definida no papel de boa mãe.
ABSTRACT
Abstract When women inmates in Brazil give birth during their incarceration, they have the right to stay with their children in specific units for mothers and infants for at least six months. The focus of this living experience is care and protection of the child, but it takes places in a setting determined by the prison order. This study aims to analyze the exercise of motherhood in prison. Six narrative interviews were performed in Rio de Janeiro two with women who experienced motherhood while in prison in the Maternal and Child Unit at the Gericinó Prison Complex, and four with staff members of nongovernmental organizations working with women who had given birth during incarceration. The narratives were analyzed via interpretation of the roles and relations between the narrated characters and the way their interactions shape the stories. Finally, an interpretative linkage was established between the narratives and the theoretical frame of reference on gender and prisons. The study concludes that the prison rules and standards of care produce tensions and convergences in a dynamic that seeks to benefit the infant without failing to punish the woman. Motherhood in prison thus acts as a way of reaffirming a gender morality, defined as the role of good mother.
RESUMEN
Resumen Cuando dan a luz durante el período de encarcelamiento, las mujeres presas tienen el derecho de convivir con sus hijos en módulos específicos para madres y bebés, durante un período mínimo de seis meses. Esta convivencia tiene como objetivo el cuidado y la protección del niño, pero se produce en un ambiente establecido por el reglamento carcelario. El objetivo de este estudio es analizar el ejercicio de las prácticas de cuidado materno en prisión. Se realizaron seis entrevistas narrativas en Río de Janeiro, Brasil dos con mujeres que vivieron su maternidad durante su período de encarcelamiento en la Unidad Materno Infantil, en el Complejo Penitenciario de Gericinó, y cuatro con profesionales de organizaciones no gubernamentales, que trabajaron con mujeres que dieron a luz a sus bebés durante el período de encarcelamiento. El análisis de los relatos se realizó a partir de la interpretación de los papeles y de las relaciones entre los personajes narrados y la forma en la que sus interacciones modelan las historias contadas. Finalmente, se realizó la articulación entre los relatos y el marco de referencia teórico sobre género y prisiones. Se concluyó que las normas carcelarias y las normas de cuidado entran en tensión y convergen en una dinámica que busca beneficiar al bebé, sin dejar de castigar a la mujer. De este modo, la experiencia de la maternidad en prisión actúa como una forma de reafirmación de una moralidad de género, definida dentro del papel de lo que se considera una buena madre.
Asunto(s)
Palabras clave

Texto completo: 1 Índice: LILACS Asunto principal: Prisiones / Prisioneros Tipo de estudio: Guideline / Prognostic_studies Límite: Child / Female / Humans / Infant / Pregnancy País/Región como asunto: America do sul / Brasil Idioma: Pt Revista: Cad. Saúde Pública (Online) Asunto de la revista: Sa£de P£blica / Toxicologia Año: 2020 Tipo del documento: Article

Texto completo: 1 Índice: LILACS Asunto principal: Prisiones / Prisioneros Tipo de estudio: Guideline / Prognostic_studies Límite: Child / Female / Humans / Infant / Pregnancy País/Región como asunto: America do sul / Brasil Idioma: Pt Revista: Cad. Saúde Pública (Online) Asunto de la revista: Sa£de P£blica / Toxicologia Año: 2020 Tipo del documento: Article