A gestalt-terapia como clínica do encontro: compreendendo a relação dialógica / Gestalt therapy as a clinic of engagement: understanding the dialogical relation / La Gestalt-terapia como clínica de encuentro: comprendiendo la relación dialógica
Rev. abordagem gestál. (Impr.)
; 26(spe): 382-392, dez. 2020.
Article
en Pt
| LILACS, INDEXPSI
| ID: biblio-1149632
Biblioteca responsable:
BR1.1
RESUMO
A gestalt-terapia constitui-se como uma psicoterapia dialógica, como uma clínica do encontro. Investigações empíricas sobre a interface existencialismo dialógico-psicoterapia gestáltica são escassas. Considerando a relação dialógica como eixo desta abordagem, objetivou-se compreender as experiências de profissionais de psicologia no tocante à relação dialógica em gestalt-terapia. Como recurso metodológico, utilizou-se a pesquisa qualitativa de método fenomenológico, de orientação semiótica. Foram realizadas entrevistas fenomenológicas abertas com cinco colaboradoras. Os dados foram gravados e transcritos na íntegra. A análise pautou-se na reflexibilidade fenomenológica, percorrendo pela descrição, redução e interpretação. Os resultados indicam a abertura, presença e o uso da epoché pelo terapeuta como elementos fundamentais para a relação dialógica. Experiências positivas de atitude Eu-Tu foram encontradas, sugerindo episódios culminantes deste processo. Houve confusão entre o conceito de atitude e momentos Eu-Tu, com valorização deste princípio em detrimento à atitude Eu-Isso, o que evidencia a necessidade de repensar a formação do gestalt-terapeuta. Assim, a relação dialógica em gestalt-terapia apresenta-se como um campo de pluralidades fenomênicas. Cabe ao profissional um andar cuidadoso e atento neste campo de inúmeras possibilidades.
ABSTRACT
Gestalt therapy constitutes itself as a dialogical psychotherapy, a clinic of engagement.Empirical research on the dialogical existentialism-gestalt psychotherapy interface is scarce.Considering the dialogical relation as the axis of this approach, the objective was to understand the experiences of psychology professionals regarding the dialogical relation in gestalt therapy.As a methodological resource, we used the qualitative research of a phenomenological method, with a semiotic orientation.Open phenomenological interviews were carried out with five collaborators.The data were recorded and transcribed in full.The analysis was based on phenomenological reflexivity, through description, reduction, and interpretation.Results indicate the opening, presence, and use of epoché by the therapist as fundamental elements for the dialogical relation.Positive I-You attitude experiences have been found, suggesting culminating episodes of this process.There was confusion between the concept of I-You attitude and I-You moments, with an appreciation of this principle to the detriment of the I-It attitude, which evidences the need to rethink the formation of the gestalt therapist. Thus, the dialogical relation in gestalt therapy presents itself as a field of phenomenal pluralities.It is up to the professional to thread carefully and attentively in this field of innumerable possibilities.
RESUMEN
La Gestalt-terapia se constituye como una psicoterapia dialógica, como una clínica del encuentro. Investigaciones empíricas sobre la interface existencialismo dialógico-psicoterapia gestáltica son raras. Considerando la relación dialógica como eje de este abordaje, se ha objetivado comprender las experiencias de profesionales de psicología con respecto a la relación dialógica en Gestalt-terapia. Como recurso metodológico se ha utilizado la investigación cualitativa de método fenomenológico, de orientación semiótica. Han sido realizadas entrevistas fenomenológicas abiertas con cinco colaboradoras. Los datos han sido grabados y transcritos en la íntegra. El análisis se ha pautado en la reflexividad fenomenológica, con un recorrido hacia la descripción, reducción e interpretación. Los resultados indican la apertura, presencia y el uso de la epojé por el terapeuta como elementos fundamentales para la relación dialógica. Experiencias positivas de actitud Yo-Tú han sido encontradas sugiriendo episodios culminantes de este proceso. Hubo confusión entre el concepto de actitud y momentos Yo-Tú, con la valorización de este principio en detrimento a la actitud Yo-Eso, lo que evidencia la necesidad de repensar la formación del Gestalt-terapeuta. Así, la relación dialógica en Gestalt-terapia se presenta como un campo de pluralidades fenoménicas. Cabe al profesional un andar cuidadoso y atento en este campo de innúmeras posibilidades.
Palabras clave
Texto completo:
1
Índice:
LILACS
Asunto principal:
Existencialismo
/
Terapia Gestalt
Tipo de estudio:
Qualitative_research
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. abordagem gestál. (Impr.)
Asunto de la revista:
PSIQUIATRIA
Año:
2020
Tipo del documento:
Article