A (in)visibilidade gênero no currículo e na prática de duas especialidades médicas / Gender (in)visibility in the curriculum and in the practice of two medical specialities
Rev. bras. educ. méd
; 45(1): e040, 2021. tab
Article
en Pt
| LILACS
| ID: biblio-1155905
Biblioteca responsable:
BR1.1
RESUMO
Resumo Introdução:
A medicina como área de conhecimento e prática tem invisibilizado a importância de gênero como categoria teórica na formação médica, bem como os impactos das diferenças e desigualdades de gênero expressas no contexto da prática clínica. Gênero é reconhecido como um aspecto crucial na educação médica, principalmente no sentido de promover a qualidade da assistência à saúde, considerando as diferenças de gênero nos sintomas, os fatores de risco da doença e o plano de assistência estabelecido no contexto da relação terapêutica.Objetivo:
Com base nesse pressuposto, foi realizada pesquisa sobre a percepção da formação recebida sobre gênero no contexto da graduação e especialização médica de residentes em ginecologia e obstetrícia e medicina de família e comunidade de duas escolas públicas do município de São Paulo.Método:
A pesquisa de abordagem qualitativa utilizou a técnica de entrevista em profundidade. Em 2016, 13 residentes de ambas as especialidades participaram da pesquisa, sendo sete de ginecologia e obstetrícia e seis de medicina de família e comunidade. O critério de inclusão era ser médico ou médica das residências em medicina de família e comunidade ou ginecologia e obstetrícia nas duas universidades públicas participantes do estudo. A fim de obter uma amostra não probabilística, utilizou-se a técnica de recrutamento em cadeia ou "bola de neve", na qual os(as) participantes do estudo indicam outros(as) participantes até que se atinja o ponto de saturação.Resultados:
Apesar de diferenças identificadas entre os(as) participantes, segundo os programas de residência, em relação à abordagem de gênero na formação médica e às suas repercussões na prática clínica, com maior apropriação pelos residentes de medicina de família e comunidade, sobressaem lacunas importantes na formação e no âmbito da graduação e especialização.Conclusão:
O conhecimento e o desenvolvimento de habilidades e técnicas baseadas em abordagem de gênero na formação médica são fundamentais para o exercício do cuidado integral que considera as conformações socioculturais dos(as) pacientes e suas implicações para o processo saúde-doença.ABSTRACT
Abstract Introduction:
Medicine as an area of knowledge and practice has rendered invisible the importance of gender as an analytical category in medical education, as well as the impacts of gender differences and inequalities expressed in the context of clinical practice. Gender is recognized as a crucial aspect in medical education, mainly in the sense of promoting the quality of health care, considering gender differences in symptoms, risk factors for the disease and the care plan established in the context of the therapeutic relationship.Objective:
Based on this assumption, qualitative design research was conducted on the perception of training received on gender in the context of undergraduate and medical specialization of residents in Gynecology and Obstetrics and Family and Community Medicine at two public schools in the city of São Paulo.Method:
The research used the in-depth interview technique. In 2016, 13 residents of both specialities participated in the survey seven from Gynecology and Obstetrics and six from Family and Community Medicine. The inclusion criterion was to be a doctor in a medical residency in Family and Community Medicine and Gynecology and Obstetrics at the two public universities participating in the study. The participants were accessed by the snowball recruitment technique, seeking a non-probabilistic sample, in which the study participants indicated other participants to the point of saturation.Results:
Despite the differences identified among the participants, according to the residency programs, concerning the gender approach in medical training and its repercussions in clinical practice, with higher appropriation by residents of Family and Community Medicine, essential gaps in training stand out, within the scope of undergraduate training and specialization.Conclusion:
Knowledge and the development of skills and techniques based on a gender approach in medical education are fundamental for the exercise of comprehensive care that considers the sociocultural conformations of patients and their implications for the health of the disease process.Palabras clave
Texto completo:
1
Índice:
LILACS
Asunto principal:
Facultades de Medicina
/
Curriculum
/
Medicina Familiar y Comunitaria
/
Estudios de Género
/
Ginecología
/
Internado y Residencia
Tipo de estudio:
Guideline
/
Prognostic_studies
/
Qualitative_research
/
Risk_factors_studies
Límite:
Female
/
Humans
/
Male
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. bras. educ. méd
Asunto de la revista:
EDUCACAO
Año:
2021
Tipo del documento:
Article