Infusão Calórica e Proteica versus Prescrição Dietética na Terapia Nutricional Enteral do Paciente Oncológico / Caloric and Protein Infusion versus Dietary Prescription in Enteral Nutritional Therapy for Cancer Patients / Infusión de Calorías y Proteínas versus Prescripción Dietética en la Terapia Nutricional Enteral para Pacientes con Cáncer

RESUMO

Introdução: O suporte nutricional no paciente oncológico não se restringe ao cálculo das necessidades nutricionais e à prescrição dietética, é necessário que o volume prescrito seja realmente infundido. Objetivo: Comparar a infusão calórica e proteica com a prescrição dietética em pacientes oncológicos sob terapia nutricional enteral. Método: Estudo retrospectivo, analítico, conduzido em fichas de acompanhamento nutricional de pacientes que estiveram internados durante sete dias no mínimo, exclusivamente sob terapia nutricional enteral por sonda ou ostomia entre janeiro/2009 e dezembro/2012. As fichas que atenderam aos critérios de seleção foram ordenadas alfabeticamente e, aleatoriamente, selecionadas por intervalo de retirada (k=5). Coletaram-se idade, sexo, localização tumoral, composição nutricional, volume prescrito e aquele infundido da fórmula enteral utilizada. Com estes dois últimos, calculou-se o indicador "prescrição versus infusão". Os testes t Student, t pareado e qui-quadrado foram aplicados a um nível de significância máximo de 5%. Resultados: Das 120 fichas analisadas, prevaleceram homens (61,7%) com idade média de 58,3±16,8anos. Em 2010, houve maiores médias de diferença entre volume prescrito e infundido (-392,64ml) e calorias prescritas versus infundidas (-528,23cal). Apenas 37,5% dos pacientes receberam um mínimo de 70% do volume prescrito. Conclusão: Houve um inadequado consumo da dieta infundida em relação à prescrita. Sugere-se que intervenções pela equipe multiprofissional em terapia nutricional minimizem as intercorrências encontradas.

ABSTRACT

Introduction: Nutritional support for cancer patients is not restricted to the calculation of nutritional needs and dietary prescription, it is necessary that the prescribed volume is actually infused. Objective: To compare caloric and protein infusion with dietary prescription in cancer patients undergoing enteral nutritional therapy. Method: Retrospective, analytical study, conducted on nutritional monitoring cards who were hospitalized at least for seven days, exclusively under enteral nutritional therapy by tube or ostomy, between January 2009 and December 2012. The cards that met the selection criteria were ordered alphabetically and randomly selected by withdrawal interval (k=5). It was collected age, sex, tumor location, nutritional composition, prescribed and infused volume of the enteral formula utilized. With these last two, the indicator "prescription versus infusion" was calculated. Student t test, paired t test and chi-square test were applied at a maximum significance level of 5%. Results: Of the 120 cards analyzed, men (61.7%) were more prevalent with mean age of 58.3±16.8 years. In 2010, higher means of the difference between prescribed and infused volume (-392.64 ml) and prescribed versus infused calories (-528.23 cal) were observed. Only 37.5% of the patients received a minimum of 70% of the prescribed volume. Conclusion: There was an inadequate intake of the infused in relation to the prescribed diet. It is suggested nutritional therapy interventions from the multi-professional team to minimize the complications encountered.

RESUMEN

Introducción: El soporte nutricional en pacientes oncológicos no se limita al cálculo de necesidades nutricionales y prescripción dietética, es necesario que el volumen prescrito sea efectivamente infundido. Objetivo: Comparar la infusión calórica y proteica con la prescripción dietética en pacientes oncológicos sometidos a terapia nutricional enteral. Método: Estudio retrospectivo, analítico, realizado en formularios de seguimiento de pacientes que estuvieron hospitalizados durante al menos siete días, exclusivamente bajo terapia nutricional enteral por sonda u ostomía entre enero/2009 a diciembre/2012. Los formularios que cumplieron con los criterios de selección se ordenaron alfabéticamente y se seleccionaron aleatoriamente por intervalo de retiro (k=5). Se recogió edad, sexo, localización del tumor, composición nutricional, volumen prescrito y el infundido con la fórmula enteral empleada. Con estos dos últimos se calculó el indicador "receta versus infusión". La prueba t de Student, la prueba t pareada y la prueba de chi-cuadrado se aplicaron a un nivel máximo de significancia del 5%. Resultados: De los 120 registros analizados, predominó hombres (61,7%), con una edad promedio de 58,3±16,8 años. En 2010, hubo mayores promedios de diferencia entre el volumen prescrito y el infundido (-392,64 ml) y las calorías prescritas frente a las infundidas (-528,23cal). Solo el 37,5% de los pacientes recibió un mínimo del 70% del volumen prescrito. Conclusión: Existió un consumo inadecuado de la dieta infundida en relación con la prescrita. Se sugiere que intervenciones del equipo multiprofesional en terapia nutricional minimicen las complicaciones encontradas.