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Gozo, segregação e trauma na civilização neoliberal / Enjoyment, segregation, and trauma in the neoliberal civilization / Jouissance, ségrégation et traumatisme dans la civilisation néolibérale
Castro, Julio Cesar Lemes de.
Afiliación
  • Castro, Julio Cesar Lemes de; Universidade de São Paulo. Doutor em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise. São Paulo. BR
aSEPHallus ; 18(35): 39-51, nov. 2022-abr. 2023.
Article en Pt | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1436358
Biblioteca responsable: BR1194.1
RESUMO
O real, em Lacan, aparece como um resto que escapa inevitavelmente à ordem simbólica e tem um efeito traumático. O sintoma responde ao traumático preservando algo dele, mas ao mesmo tempo o disfarçando. Para isso, ele alia-se à fantasia, na qual o gozo que assinala a irrupção do traumático é projetado no Outro. Na sociedade repressiva da época de Freud, sintoma e fantasia forneciam ao sujeito uma válvula de escape que velava o trauma estrutural. Na sociedade neoliberal contemporânea, o imperativo do gozo torna isso mais difícil e o trauma estrutural mostra-se de maneira mais evidente. Além disso, a segregação em termos de tipo de gozo ou de possibilidade de acesso ao gozo reforça o elemento traumático. O establishment psiquiátrico, contudo, tende a desresponsabilizar o sujeito (e a sociedade na qual ele vive) pelo trauma.
ABSTRACT
The real, in Lacan, appears as a rest that inevitably escapes the symbolic order and has a traumatic effect. The symptom responds to the trauma by preserving something from it while disguising it. For that, it articulates itself to fantasy, in which the enjoyment that marks the irruption of the trauma is projected onto the Other. In the repressive society of the times of Freud, symptom and fantasy provided the subject with an escape valve that veiled the structural trauma. In contemporary neoliberal society, the imperative of enjoyment hinders this mechanism, thus the structural trauma appears more evidently. Moreover, segregation in terms of the type of enjoyment or the possibility of access to enjoyment reinforces the traumatic element. The psychiatric establishment, however, tends to exempt the subject (and the society where he lives) from responsibility for the trauma.
Le réel, chez Lacan, apparaît comme un reste qui échappe inévitablement à l'ordre symbolique et a un effet traumatique. Le symptôme répond au traumatisme en en préservant quelque chose, mais en le masquant en même temps. Pour cela, il s'allie au fantasme, dans lequel la jouissance qui marque l'irruption du traumatique est projetée sur l'Autre. Dans la société répressive du temps de Freud, le symptôme et le fantasme fournissaient au sujet un exutoire qui voilait le traumatisme structurel. Dans la société néolibérale contemporaine, l'impératif de jouissance rend cela plus difficile et le traumatisme structurel apparaît plus clairement. De plus, la ségrégation en termes de type de jouissance ou de possibilité d'accès à la jouissance renforce l'élément traumatique. L'établissement psychiatrique a cependant la tendance à exonérer le sujet (et la société dans laquelle il vit) de la responsabilité du traumatisme.
Asunto(s)
Palabras clave
Texto completo: 1 Índice: LILACS Asunto principal: Placer / Trauma Psicológico / Segregación Social Límite: Humans Idioma: Pt Revista: ASEPHallus Asunto de la revista: PSICOLOGIA Año: 2022 Tipo del documento: Article
Texto completo: 1 Índice: LILACS Asunto principal: Placer / Trauma Psicológico / Segregación Social Límite: Humans Idioma: Pt Revista: ASEPHallus Asunto de la revista: PSICOLOGIA Año: 2022 Tipo del documento: Article