Homens que fazem sexo com homens e a hepatite C: prevalência e fatores de risco em 12 capitais brasileiras / Men who have sex with men and hepatitis C: prevalence and risk factors in 12 Brazilian capitals

RESUMO

Apesar das políticas preventivas adotadas, a redução da transmissão das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre homens que fazem sexo com homens (HSH) tem sido limitada. O risco de infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) aumentou entre os grupos populacionais mais vulneráveis incluindo HSH O objetivo do estudo foi estimar a prevalência da infecção pelo HCV e avaliar fatores de risco entre HSH em 12 capitais brasileiras Este estudo foi realizado de junho a dezembro de 2016 por meio do método respondent driven sampling (RDS). Os participantes preencheram um questionário autoaplicável para coletar dados socioeconômicos, demográfico s e comportamentais . Além disso, foi ofertado o teste rápido (TR) para Resultados positivos foram enviados ao Instituto Adolfo Lutz para testes confirmatórios. Foram recrutados 4. 176 participantes e 23 amostras foram enviadas para confirmação. Destas, 16 foram confirmadas, demonstrando prevalência de 0, 7% IC 95% 0,3% 1,7%). A região Sudeste apresentou prevalência de 0,9% ( IC 95% 0,3 2,6), seguida pela região Sul, com 0,6 % (IC 95% 0,2 2,1)2,1). A região Nordeste apresentou prevalência de 0,3% (IC 95% 0,1 1,0) e a C entro O este 0,1 % (IC% 0,0 0,7)0,7). Nenhum caso positivo foi encontrado na região Norte . Homens solteiros com mais de 40 anos foram a maioria dos participantes expostos ao HCV. O uso irregular de preservativo s e o número elevado de parceiros sexuais, além da infecção por outras ISTs, foram associados ao aumento da exposição ao HCV. De acordo com os dados apresentados, é necessário implantar políticas de prevenção que se concentrem no segmento de HSH e que tenham estratégias de comunicação mais efetivas. Mostra se necessário o desenvolvimento de conhecimentos que fortaleçam a habilidade e estimulem a motivação para um comportamento mais seguro nessa população Os investimentos nas populações mais vulneráveis são fundamentais para atingir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS ) de eliminar as hepatites virais até 2030. (AU)

ABSTRACT

Despite the preventive policies adopted, the reduction of the transmission of sexually transmitted infections (STIs) among men who have sex with men (MSM) has been limited. The risk of infection with the Hepatitis C (HCV) has increased among the most vulnerable population groups including MSM The aim of the study was to estimate the prevalence of the infection by HCV and assess risk factors among MSM in 12 Brazilian capitals This study was carried out from June to December 2016 using the method respondent driven sampling (RDS). Participants filled out a self-administered questionnaire to collect socioeconomic data, demographic and behavioral . In addition, the rapid test was offered (TR) for Positive results were sent to Instituto Adolfo Lutz for confirmatory tests. 4, 176 participants were recruited and 23 Samples were sent for confirmation. Of these, 16 were confirmed, demonstrating a prevalence of 0.7% CI 95% 0.3% 1.7%). The Southeast region presented a prevalence of 0.9% (CI 95% 0.3 2.6), followed by the South region, with 0.6% (95% CI 0.2 2.1)2.1). The Northeast region showed a prevalence of 0.3% (CI 95% 0.1 1.0) and Center West 0.1% (CI% 0.0 0.7)0.7). None positive case was found in the North region. Single men over 40 years were the majority of participants exposed to HCV. The irregular use of condoms and the high number of sexual partners, in addition to the infection by other I STs, were associated with increased exposure to HCV. In according to the data presented, it is necessary to implement policies of prevention programs that focus on the MSM segment and that have more effective communication strategies. Show if necessary development of knowledge that strengthens the ability and encourages the motivation for safer behavior in this population investments in the most vulnerable populations are fundamental to achieve the World Health Organization (WHO) goal of eliminating viral hepatitis by 2030. (AU)