Saúde lusófona no pós-pandemia / Lusophone health in the post-pandemic

RESUMO

Antes de mais, quero agradecer aos meus colegas bastonários de todas as Comunidades Médicas de Língua Oficial Portuguesa, por terem decidido realizar o seu décimo congresso na nossa muito querida cidade de Bissau. Trata-se duma mensagem que a todos nos faz felizes e cujo conteúdo saberemos interpretar e corresponder. De seguida, deixar aqui registradas as "boas- -vindas" a todos os participantes que neste evento vão partilhar conosco os seus conhecimentos e deixar sugestões para alcançar, tão breve quanto possível, aquilo que todos desejamos e que é o acesso à saúde e o bem estar do nosso Povo. Por experiência própria e pessoal, sabemos bem quão difícil é o caminho que temos pela frente, mas também sabemos que com o apoio do nosso governo e com a determinação dos nossos médicos, enfermeiros e técnicos tudo será mais fácil para garantir a melhor saúde aos nossos concidadãos. Permitam-me então que, neste contexto demográfico, eu saúde de modo particular as crianças da Guiné-Bissau, a quem Amílcar Cabral, o mentor espiritual da nossa independência, chamou "as flores da nossa luta", e às quais o nosso ministério dá todo o seu empenho, atenção e carinho, pois são as crianças que representam as gerações vindouras, a quem nós queremos deixar em legado um país moderno e organizado, justo para os seus cidadãos e olhado como exemplo pelos demais. O país que agora visitais, na sua diversidade étnica e cultural, é bem o testemunho de como a língua é um instrumento único de relação, entendimento e coesão. Só por isso, somos bem merecedores da vossa atenção e credores do vosso apoio. Somos, além do mais, um povo acolhedor que sabe receber e desejoso de abrir as suas portas, sendo certo que é na relação entre os povos, na troca de conhecimentos e de bens que o mundo progride e as fronteiras se esbatem.