"Essa Cidade Também é Minha": o graffiti como manifestação da psique de sujeitos urbanos excluídos

RESUMO

Resumo O artigo tem por objetivo demonstrar que o modo como a cidade é planejada influencia na formação de subjetividade humana. Este trabalho tematiza, por meio dos métodos de revisão bibliográfica, depoimentos e registro fotográfico, questões relacionadas à ocorrência do graffiti no espaço urbano como forma de insurgência e de protesto ao modelo de urbanismo hegemônico e excludente, vigente principalmente nas grandes cidades. Neste cenário emergem os grafiteiros, grupo que procura redefinir a paisagem urbana através de intervenções estéticas, funcionais e visuais, em sua busca por pertencer ao lugar, ao mesmo tempo em que denunciam sua exclusão desse espaço. A narrativa foi construída através de abordagem hipotético-dedutiva, com caráter exploratório, descritivo, explicativo e qualitativo. Como decorrência, conclui-se que o graffiti acaba também por revelar a psique e as subjetividades dos sujeitos produtores desta expressão simbólica e material. (*Pesquisa aprovada pelo CEP/UFRGS/ Comitê de Ética em Pesquisa da UFRGS, inscrita no CAAE sob número 16292919.6.0000.5347, parecer final de aprovação número 3.480.294).