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Sofrimento psíquico no neoliberalismo e a dimensão política do diagnóstico em saúde mental / Psychic suffering in neoliberalism and the political dimension of the mental health diagnosis
Coelho, Leticia; Neves, Tiago.
  • Coelho, Leticia; Universidade Federal de Campina Grande. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Unidade Acadêmica de Psicologia. Campina Grande. BR
  • Neves, Tiago; Universidade Federal de Campina Grande. Centro de Ciências Biológicas e da Saúde. Unidade Acadêmica de Psicologia. Campina Grande. BR
Saúde Soc ; 32(3): e220850pt, 2023.
Artículo en Portugués | LILACS | ID: biblio-1522949
RESUMO
Resumo Este trabalho objetiva demonstrar a dimensão política do diagnóstico das formas de sofrimento psíquico, a partir da crítica da racionalidade neoliberal. A metodologia utilizada foi o trabalho de um conceito através de revisão de bibliografias, principalmente da Psicopatologia e Teoria Social. Historicamente, o tratamento clínico e social dado aos sujeitos que apresentam algum tipo de sofrimento psíquico se relaciona com a cultura de cada época e com a forma vigente de se exercer o poder. Na modernidade, o paradigma psiquiátrico acerca das doenças mentais segue a lógica do dispositivo saber-poder biomédico, que, dentro da lógica neoliberal individualizante, responsabiliza cada sujeito por seu adoecimento e tem como máxima o autoaprimoramento, não a cura. Nesse sentido, as categorias diagnósticas de nossa época servem muito mais para capturar as formas hegemônicas de mal-estar e traduzir em uma gramática passível de normalização do que para expressar a natureza de uma doença mental. Tal hipótese tem imenso peso político, visto que uma razão diagnóstica totalizante corrobora para o esgotamento da capacidade de enfrentar conflitos, contradições e reinvenções, o que gera um cenário de dificuldades para lidar com a alteridade e com as contingências próprias da vida, que acabam sendo patologizadas.
ABSTRACT
Abstract This work aims to demonstrate the political dimension of the diagnosis of the forms of psychic suffering, from the critique of neoliberal rationality. The methodology used was the work of a concept with a review of bibliographies, mainly on psychopathology and social theory. Historically, the clinical and social treatment given to subjects who present some type of psychic suffering is related to the culture of each time and the current way of exercising power. In modernity, the psychiatric paradigm about mental illness follows the logic of the biomedical knowledge-power device, which, within the individualizing neoliberal logic, holds each subject responsible for their illness and has at its maximum the self-improvement and not the cure. In this sense, the diagnostic categories of our time serve much more to capture the hegemonic forms of malaise and translate them into a grammar that can be normalized than to express the nature of a mental illness. Such a hypothesis has immense political weight, since a totalizing diagnostic reason corroborates the exhaustion of the capacity to deal with conflicts, contradictions, and reinventions, which generates a scenario of difficulties in coping with alterity and with the contingencies of life, which end up being pathologized.
Asunto(s)


Texto completo: Disponible Índice: LILACS (Américas) Asunto principal: Técnicas y Procedimientos Diagnósticos / Distrés Psicológico Idioma: Portugués Revista: Saúde Soc Asunto de la revista: Salud Pública Año: 2023 Tipo del documento: Artículo País de afiliación: Brasil Institución/País de afiliación: Universidade Federal de Campina Grande/BR

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