O controle de infecção hospitalar em uma unidade de tratamento intensivo oncológico adulto: um passo para a educação permanente

RESUMO

Será realizada uma pesquisa prospectiva do tipo estudo de campo, descritivo com abordagem qualitativa sobre a assistência prestada aos pacientes oncológicos hospitalizados na unidade de tratamento intensivo submetidos a ventilação mecânica. O estudo pretende mostrar a relação entre as infecções hospitalares e a valorização do aspecto educacional referente as atividades desempenhadas, pela equipe de saúde atuante, em uma unidade de tratamento intensivo oncológico caracterizando a educação permanente como uma estratégia fundamental para a transformação das práticas em saúde, garantindo aos pacientes a integralidade dos serviços prestados e conseqüentemente redução da ocorrência de infecção hospitalar associada a ventilação mecânica. Na unidade de tratamento intensivo (UTI) observa-se que a infecção hospitalar esta associada a procedimentos invasivos, e principalmente a pneumonia respiratória associada a ventilação mecânica, objeto deste estudo. Desde 1820, as infecções hospitalares constituem-se em um grave problema de saúde pública. As complicações infecciosas estão entre as principais causas de morbidade, letalidade e determinam aumento no tempo de hospitalização e conseqüentemente elevado custos adicionais para o tratamento do paciente. Portanto, a infecção hospitalar não está associada ao um único agente de risco causal, mas a interação de fatores relacionados ao hospedeiro, ao agente e ao meio ambiente hospitalar. Com o avanço tecnológico e procedimentos cada vez mais invasivos principalmente aqueles ocorridos dentro de uma unidade de tratamento intensivo faz-se necessário a vigilância epidemiológica a fim de prevenir e controlar a infecção hospitalar. A vigilância epidemiológica serve para implementar e avaliar medidas de controle além de descrever a freqüência e distribuição das infecções, criando nos profissionais o compromisso e responsabilidade nos cuidados prestados conseqüentemente, estarão desenvolvendo a educação permanente em saúde. Preocupando-se com a execução do controle de infecção a educação permanente caracteriza-se como uma estratégia para a transformação das práticas em saúde que pressupõe educação no trabalho e para o trabalho e considera que a gestão do conhecimento e a gestão do trabalho são processos indissociáveis (VICENT , 2007). Desta forma o objetivo é identificar os fatores impeditivos à execução do controle da infecção hospitalar e analisar a adesão destas práticas fazendo do controle de infecção um passo para a educação permanente e alcance de uma assistência com qualidade.