Feeding management strategy for sheep in feedlot in hot and humid region / Estratégia de manejo alimentar para ovinos confinados em região quente e úmida

ABSTRACT

This study aimed to evaluate the effect of different feeding schedules on the ingestive behavior, dry matter (DM) intake, neutral detergent fiber intake (NDF), respiratory rate (RR) and rectal temperature (RT) of Santa Ines sheep, in feedlot in hot and humid climate region. Five non-castrated male sheep with an initial average weight of 27 ± 3 kg were distributed in a 5x5 Latin Square experimental design. Feed was offered twice daily, the first meal at 700h for all treatments, and the second meal, was offered at 1330h, 1500h, 1630h, 1800h, or 1930h. The RR and RT were measured thrice (morning, afternoon and evening) in a day. The feeding behavior (time of eating, rumination and idleness) was recorded in minutes for period of 24 hours visually. The environmental conditions (air temperature and humidity) was measured to determine the thermal comfort index, THI (Temperature-Humidity Index), which ranged between 72 and 83. There was no evidence that different afternoon feeding times affected rectal temperature during the morning (38.9°C), afternoon (39.0°C) or evening (39.0°C). The respiratory rate during the afternoon was higher for animals fed at 1500h (55.2 mov.min-1) than for animals fed at 1800h or 1930h (29.6 and 31.6 mov.min-1, respectively).

RESUMO

O estudo objetivou avaliar o efeito dos diferentes horários de fornecimento da dieta sob parâmetros fisiológicos e comportamento ingestivo de ovinos, confinados em região quente e úmida. Foram utilizados cinco machos de peso médio inicial (27 ± 3 kg), distribuídos em Quadrado Latino 5 x 5. O alimento foi ofertado duas vezes ao dia, a primeira refeição às 700h e a segunda refeição (tratamentos) foi ofertada às 1330h, 1500h, 1630h, 1800h, ou 1930h. A frequência respiratória (FR) e a temperatura retal (TR) foram avaliadas em 3 períodos do dia. O comportamento ingestivo (tempo de alimentação, ruminação e ócio) foi avaliado visualmente a cada 10 min durante 24 horas. As condições ambientais foram monitoradas para determinar do ITU (índice de temperatura e umidade) que variou entre 72 a 83. Os animais mantiveram a TR dentro da faixa fisiológica normal e não diferiram dentre os tratamentos experimentais manhã (38,9°C), tarde (39,0°C) e noite (39,0°). A FR também não foi diferente dentre os tratamentos para os períodos da manhã (37,2 mov.min-1) e noite (34,4 mov.min-1), porém no período da tarde a FR dos animais alimentados às 1500h (55,2 mov.min-1) foi maior do que os demais tratamentos. Os diferentes manejos adotados não exerceram influência sobre os consumos de consumos de matéria seca (1,015 Kg) e FDN (0,364 Kg). Para os tempos totais das atividades de alimentação (289 min/dia), ruminação (500 min/dia) e ócio (650 min/dia) não foram observadas diferenças em função dos horários de fornecimento da dieta, no entanto houve diferença na distribuição dessas atividades ao longo do dia, em que claramente se observou a adaptação dos animais ao manejo alimentar adotado em cada tratamento experimental. Sugere-se mais estudos específicos a fim de avaliar as interações entre as respostas apresentadas e o desempenho animal.