Disfunçöes da articulaçäo temporomandibular e seu relacionamento com distúrbios fonoaudiológicos: contribuiçäo ao estudo / Temporomandibular joint dysfunction and its relation to phonetic and audiological disturbs: contribution to study

RESUMO

O estudo das disfunçöes da articulaçäo temporomandibular tem sido assunto de inúmeros trabalhos de pesquisa. Na referência bibliográfica nota-se que o tratamento pleno deste distúrbio só é possível abordando-se áreas multidisciplinares. Autores como GRABER (1966) consideram as disfunçöes da articulaçäo temporomandibular como devidas a uma somatória de fatores predisposiçäo, alteraçöes físicas e alteraçöes psíquicas. ATKINSON & BATES, 1982, ressaltam a importância do exame da musculatura do sistema mastigatório, nos portadores de disfunçäo da ATM. REZENDE e colab., 1982, salientam a importância de um tratamento conjunto, incluindo, além do cirurgiäo dentista, psicólogo e fonoaudiólogo. Preocupados em verificar qual seria a real importância de um tratamento integrado com a área de fonoaudiologia, procuramos pesquisar quais a possíveis relaçöes entre os distúrbios fonoaudiológicos e as disfunçöes da ATM. Foi examinada, em 70 pacientes portadores de disfunçäo da ATM, a incidência de distúrbios fonoaudiológicos, chegando-se às seguintes conclusöes: há acentuada incidência destes distúrbios; näo há dependência entre sexos, a faixa etária de maior prevalência está entre 21 a 30 anos. O órgäo fonoarticulatório que apresenta maior alteraçäo é a mandíbula, referente aos seus movimentos. Com referência às alteraçöes fonoaudiológicas o OFA de maior incidência é a língua. A funçäo reflexo-vegetativa que apresenta maior porcentagem de incidência de distúrbios fonoaudiológicos é a deglutiçäo. O tipo respiratório mais encontrado, com distúrbios fonoaudiológicos, é o costal superior. Dentre as funçöes do sistema estomatognático, o sistema fonêmico-fonológico "fala" é o mais alterado