A comparaçåo das atividades antimicrobianas da cefepima e da ceftazidima em 1015 amostras bacterianas isoladas no Hospital Såo Paulo / Comparasion of the activity of cefepime and ceftazidime tested in 1015 bacterial samples isolated in Hospital Såo Paulo

RESUMO

O presente estudo tem como objetivo comparar a atividade in vitro de uma nova cefalospirina (4ª geraçåo), a cefepima, com a da ceftadizima. Foram testadas, através da técnica de microdiluiçåo em placa, 1015 amostras bacterianas clínicas isoladas no Hospital Såo Paulo/Escola de Medicina no período de junho a julho de 1992. Para as espécies de endobactérias de maneira geral, a concentraçåo de antimicrobianos que inibiu 50 por cento das amostras (MIC 50) variou de <0,12 a u2 g/ml tanto para a cefepima quanto para a ceftazidima. Porém, a porcentagem de amostras de Enterobacter spp. sucetíveis foi superior para a cefepima (74//versus 61 por cento). Contra as amostras de Pseudomonas aeroginosa, a ceftazidima apresentou potência pouco superior àquela demonstrada pela cefepima (MIC50s de ug/ml e 8 ug/ml respectivamente), com porcentagem de sensibilidade também superior (73 por cento versus 59 por cento). Das 569 amostras de bacilos gram-negativos avaliadas, 85 por cento foram suscetíveis à ceftdazidima e 80 por cento à cefepima. Entre os cocos garm-positivos, como os Staphylococcus aureus sensíveis à oxacilina, a cefepima (MIC90 4ug/ml) foi duas a quatro vezes mais ativa que a ceftazidima (MIC90 16ug/ml). Porém, como já era esperado, as amostras de estafilococos resistentes à oxacilina e as amostras de Enterococcus faecalis foram resistentes às duas drogas testadas, com MIC50>16ug/ml. Nesse estudo, a cefepima mostrou atividade e espectro contra gram-negativos semelhantes àquele das cefasporinas de 3ª geraçåo com atividade antipseudomonas (ceftazidima). Além disso, sua atividade contra gram-positivos foi semelhante àquela demosnstrada pelas celafosporinas de 1ª geraçåo. Apesar do avanço conquistado com as cefalosporinas de 4ª geraçåo, o uso extensivo e/ou inapropriado dessas drogas facilitará o aparecimento de cepas resistentes e a pesquisa por substâncias mais ativas deve continuar