Estudo clínico, histopatológico e da nomenclatura do carcinoma mucoepidermóide das glândulas salivares / Clinical study, histopatologic and the nomenclature of the mucoepidermoid carcinoma of salivary glands

RESUMO

O presente estudo é baseado numa série de 42 casos de carcinoma mucoepidermóide de glândulas salivares maiores e menores. Uma revisão e discussão da literatura referente à classificação histopatológica deste tipo de neoplasia das glândulas salivares, apoiado na revisão dos casos que compõem esta casuística e tentar estabelecer bases para a nomenclatura. O estudo histológico da biópsia e peça operatória, realizados pelos dois grupos de patologistas, confirmaram 29 pacientes portadores de tumores de glândulas salivares maiores e menores, tiveram o diagnóstico de carcinoma mucoepidermóide e, destes, 11 de baixo grau, 7 grau intermediário e 11 de alto grau de malignidade, baseados nos cirtérios morfológicos de Auclair & Ellis (1991) e coloração dos cortes histológicos pelos métodos de H.E. e mucicarmin de Mayer. Nos 13 casos restantes foram mantidos os diagnósticos iniciais sem a realização de subclassificação. Neste estudo revisamos os casos de carcinoma mucoeidermóide mostrando que a glândula parótida foi a mais frequentemente afetada e o sítio mais comumente afetado na cavidade oral foi o palato duro. Em relação aos fatores que tenham influência no controle da doença e na sobrevida, o grau de diferenciação não foi estatisticamente significante em relação à distribuição por sexo, idade, localização anatômica, estádio clínico e taxa de recidiva. Porém o grau de diferenciação do carcinoma mucopidermóide e a sobrevida foram estatisticamente correlacionados. E quando, correlacionamos a sobrevida com a região anatômica, obtivemos no grupo de glândulas salivares menores. Em relação ao parâmetro T da classificação TNM, a correlação com a sobrevida foi significativa, observando uma diminuição progressiva das taxas de sobrevida global de T1 para T4. A distribuição da sobrevida global segundo o grau de diferenciação mostrou-se significativa a cinco anos, 90.91 por cento dos casos classificados como baixo grau, 71.43 por cento dos casos de grau intermediário, 27.27 por cento dos casos de alto grau e 69.23 por cento dos casos dos carcinomas não reclassificados, estavam vivos.