Great expectations: SLE and the Human Genome Project

RESUMO

O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença tipicamente multigênica e multifatorial, com grande complexidade clínica e fisiopatológica. O Projeto Genoma Humano constitui um passo decisivo para decifrar seus enigmas. Nos últimos 50 anos foi reconhecida uma série de disfunções no sistema imune de pacientes lúpicos, incluindo alterações em células B CD5* produtoras de anticorpos antinucleares naturais; em linfócitos T com deficiências de sinalização (cadeia do receptor CD3, CD40-ligand); em diversas fases da apoptose (indução do processo e catabolismo dos fragmentos nucleares); nos perfis de produçao de citocinas com desvio TH2; sem falar na importante participação do sexo e do meio ambiente no determinismo da doença. Estima-se que cerca de 100 genes possam participar em sua patogenia, mas que apenas 10 ou 20 deles atuem em pacientes individuais. A construção de um modelo fisiopatológico em que esses mecanismos possam ser integrados é uma necessidade premente, que ajudará a visualizar que genes podem participar em cada uma das etapas biológicas que conduzem ao lúpus eritematoso sistêmico