Esofagectomia submucosa no tratamento do megaesôfago avançado / Submucosa esophagectomy in the treatment of the advanced megaesophagus
Rev. ciênc. méd., (Campinas)
;
11(3): 197-209, set.-dez. 2002. ilus
Artículo
en Portugués
| LILACS
| ID: lil-339019
RESUMO
A ressecçäo do esôfago sem toracotomia vem sendo utilizada com maior freqüência, nos últimos anos, para as afecçöes benignas, sobretudo no megaesôfago avançado. Essa via de acesso, embora apresente a vantagem de evitar o comprometimento da dinâmica pulmonar, näo é isenta de complicaçöes. Dentre essas, destaca-se a abertura da pleura, com o conseqüente hemopneumotórax, além da potencial agressäo a outros órgäos no nível do mediastino, com morbidade pós-operatória muitas vezes expressiva. Por sua vez, no megaesôfago avançado, a esofagite de estase predispöe à instalaçäo de carcinoma. Com base nessas consideraçöes, foi proposta, previamente em animais e em cadáver humano, a retirada da mucosa e submucosa do esôfago, mediante sua invaginaçäo completa, sem toracotomia. Os resultados, bastante satisfatórios na cirurgia experimental, estimularam a continuaçäo nessa linha de pesquisa, iniciando-se a experiência na área clínica. Assim, o presente trabalho teve por objetivo demonstrar, através de uma análise pormenorizada, a técnica da retirada da mucosa do esôfago pelo descolamento submucoso da sua túnica muscular, conservando-a por inteiro, no nível do mediastino. Esse procedimento foi realizado pela via cervicoabdominal em 60 pacientes portadores do megaesôfago grau III ou IV. Efetuou-se a reconstruçäo do trânsito gastrintestinal, transpondo o estômago pelo mediastino posterior, por dentro da túnica muscular ou pela via retrosternal. Este estudo permitiu as seguintes conclusöes:
1) a ressecçäo da mucosa pelo plano submucoso, mediante a invaginaçäo, mostrou ser de execuçäo simples e viável em 98,4 por cento dos casos; 2) houve pouca perda de sangue, no intra ou no pós-operatório imediato, cuja origem fosse do leito da túnica muscular esofágica remanescente no nível mediastinal; 3) houve baixa incidência de complicaçöes pleuropulmonares (5,0 por cento); 4) a continuidade do trato gastrintestinal pôde ser restabelecida mediante transposiçäo do estômago, através do tubo muscular esofágico remanescente, na maioria dos pacientes com megaesôfago grau IV.
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Índice:
LILACS (Américas)
Asunto principal:
Acalasia del Esófago
/
Esofagectomía
Límite:
Adulto
/
Femenino
/
Humanos
/
Masculino
Idioma:
Portugués
Revista:
Rev. ciênc. méd., (Campinas)
Año:
2002
Tipo del documento:
Artículo
País de afiliación:
Brasil
Institución/País de afiliación:
Pontificia Universidade Católica de Campinas/BR
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