Monitoramento do processo de assistência pré-natal entre as usuárias do Sistema Único de Saúde em município do Sudeste brasileiro / Monitoring the prenatal care process among users of the Unified Health Care System in a city of the Brazilian Southeast
Rev. bras. ginecol. obstet
; Rev. bras. ginecol. obstet;32(11): 563-569, nov. 2010. tab
Article
en Pt
| LILACS
| ID: lil-572643
Biblioteca responsable:
BR1.1
RESUMO
OBJETIVOS:
avaliar a evolução da adequação do processo de atendimento às gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e consolidar metodologia para monitoramento da assistência pré-natal.MÉTODOS:
estudo de séries temporais múltiplas, com auditoria em cartões de gestantes que realizaram pré-natal em município do Sudeste brasileiro (Juiz de Fora, Minas Gerais) nos semestres iniciais de 2002 e 2004 (370 e 1.200 cartões, respectivamente) e utilizaram o SUS no atendimento ao parto a termo (p < 0,05). Obedeceu-se a uma sequência em três níveis complementares utilização do pré-natal (início e número de atendimentos) no nível 1; utilização do pré-natal e procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios em uma consulta pré-natal [aferições de pressão arterial (PA), peso, altura uterina (AU), idade gestacional (IG), batimentos cardiofetais (BCFs) e apresentação fetal] no nível 2; e utilização, procedimentos clínico-obstétricos obrigatórios e exames laboratoriais básicos, segundo o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento/PHPN [tipagem ABO/Rh, hemoglobina/hematócrito (Hb/Htc), VDRL, glicemia e exame comum de urina] no nível 3.RESULTADOS:
confirmou-se a alta cobertura pré-natal (99 por cento), aumento da média de consultas/gestante (6,4 versus 7,2 por cento) e decréscimo da idade gestacional na primeira consulta (17,4 versus 15,7 semanas). Aumentaram significativamente os registros adequados dos procedimentos e exames (exceções apresentação fetal e tipagem sanguínea) PA (77,8 versus 83,9 por cento); peso (75,4 versus 83,5 por cento); AU (72,7 versus 81,3 por cento); IG (58,1 versus 71,5 por cento); BCFs (79,5 versus 86,7 por cento); Hb/Htc (14,9 versus 29 por cento), VDRL (11,1 versus 20,7 por cento), glicemia (16,5 versus 29,0 por cento) e urinálise (13,8 versus 29,8 por cento). Consequentemente, ocorreu melhoria significativa (p < 0,001) da adequação entre 2002 e 2004 27,6 versus 44,8 por cento (nível 1); 7,8 versus 15,4 por cento (nível 2); 1,1 versus 4,5 por cento (nível 3). O atendimento na maioria dos serviços/equipes municipais apresentou evolução semelhante.CONCLUSÕES:
a persistência da baixa adequação, apesar da boa cobertura e da implantação do PHPN, confirmou a necessidade de incrementar a adesão dos gestores, profissionais de saúde e usuárias às normas/rotinas do atendimento, incluindo a institucionalização de um programa de monitoramento da assistência pré-natal.ABSTRACT
PURPOSE:
to evaluate the evolution of adequacy of the care process among pregnant users of the Brazilian Single Health System (SUS, acronym in Portuguese) and to consolidate a methodology for monitoring the prenatal care.METHODS:
this is a multiple time series study with auditing of prenatal cards of pregnant women who were attended for prenatal care in a city of the Brazilian Southeast (Juiz de Fora, Minas Gerais) in the initial semesters of 2002 and 2004 (370 and 1,200 cards, respectively) and gave birth using SUS services in term pregnancies (p < 0.05). A three complementary level sequence was respected utilization of prenatal care (beginning and number of visits) at level 1; utilization of prenatal care and obligatory clinical-obstetric procedures during prenatal visits (assessment of blood pressure (BP), weight, uterine fundal height (FH), gestational age (GA), fetal heart rate (FHR) and fetal presentation) at level 2; and utilization of prenatal care, obligatory clinical-obstetric procedures and basic laboratory tests, according to the Humanization Program of Prenatal Care and Birth (PHPN, acronym in Portuguese) (ABO/Rh, hemoglobin/hematocrit (Hb/Htc), VDRL, glycemia and urinalisys) at level 3.RESULTS:
it was confirmed the high prenatal care coverage (99 percent), the increased mean number of visits per pregnant woman (6.4 versus 7.2 percent) and the decreased gestational age at the time of the first visit (17.4 versus 15.7 weeks). The proper registration of procedures and exams (exceptions fetal presentation and blood typing) has significantly increased BP (77.8 versus 83.9 percent); weight (75.4 versus 83.5 percent); FH (72.7 versus 81.3 percent); GA (58.1 versus 71.5 percent); FHR (79.5 versus 86.7 percent); Hb/Htc (14.9 versus 29 percent), VDRL (11.1 versus 20.7 percent), glycemia (16.5 versus 29 percent) and urinalisys (13.8 versus 29.8 percent). As a result, there was significant (p < 0.001) improvement of the adequacy between 2002 and 2004 27.6 versus 44.8 percent (level 1); 7.8 versus 15.4 percent (level 2); 1.1 versus 4.5 percent (level 3). This trend was also noted in care provided by the majority of the municipal services/teams.CONCLUSIONS:
the persistence of low adequacy, despite good coverage and PHPN implementation, confirmed the need to increase health managers, professionals and users' compliance with the rules and routines of care, including the institutionalization of a monitoring program of prenatal care.Palabras clave
(Cuidados de Saúde); (Health Care); Avaliação de processos e resultados; Avaliação de programas e projetos de saúde; Avaliação em saúde; Cuidado pré-natal; Diagnosis of health situation; Diagnóstico da situação em saúde; Gestantes; Health evaluation; Outcome and process assessment; Pregnant women; Prenatal care; Program evaluation; Single Health System; Sistema Único de Saúde
Texto completo:
1
Índice:
LILACS
Asunto principal:
Atención Prenatal
Límite:
Adolescent
/
Adult
/
Female
/
Humans
/
Pregnancy
País/Región como asunto:
America do sul
/
Brasil
Idioma:
Pt
Revista:
Rev. bras. ginecol. obstet
Asunto de la revista:
GINECOLOGIA
/
OBSTETRICIA
Año:
2010
Tipo del documento:
Article