Relaçöes entre dados eco e eletrocardiográficos na hipertrofia septal assinétrica / Retations between echo and electrocardiographic data in assymetric septal hipertrophy

RESUMO

Sendo ampla a gama de dados eletrocardiográficos (ECG) referidos pelos investigadores na hipertrofia septal assimétrica (HSA), os autores objetivaram encontrar aqueles capazes de contribuir para o seu diagnóstico nos casos em que o ecocardiograma (ECO) em módulo M é normal. Para tanto, pesquisaram as relaçöes entre dados ECG e ECO em 20 pacientes, de faixa etária semelhante, com suspeita clínica de HSA, divididos em dois grupos iguais, de acordo com os valores da relaçäo septo/parede posterior (SEP/PP) A, com SEP/PP >- 1,5 B, com SEP/PP <- 1,5. Os achados foram comparados aos de 10 indivíduos com ECO normal, mas cuja suspetia clínica havia sido de prolapso da valva mitral (grupo C). Foram determinados espessura em mm do septo interventricular (SEP) e da parede posterior do ventrículo esquerdo (PP); relaçäo SEP/PP; freqüência cardíaca, orientaçäo espacial do eixo de AQRS; duraçäo em segundos dos intervalos PR, QT e QTc; amplitude das ondas R e S nas precordiais; soma da amplitude de R em V1 e V2, de R em V5 e V6, de S em V1 e V2, de S em V5 e V6, de R em V1, V2, V5 e V6 (RT); relaçäo R/S em V1; índice de Sokolow. Verificaram-se também as freqüências de alteraçöes da repolarizaçäo ventricular e de ondas Q "patológicas". O tratamento estatístico dos resultados (análise de variância, testes de Tuckey, de correlaçäo e de associaçäo) mostrou 1) valores de SEP e SEP/PP maiores no grupo A em relaçäo a B e C; 2) valores de R V1 + V2, RT e R/S em V1 maiores no grupo B em relaçäo a C; 3) ausência de correlaçöes significativas entre variáveis ECO e ECG no grupo B; 4) correlaçöes significativas entre SEP e R V2, SEP e R/S em V1, SEP/PP e R V1, SEP/PP e R V2 no grupo A e entre SEP e QTc, SEP e R/S em V1, SEP/PP e QTc, SEP/PP e R/S em V1 no grupo C; 5) associaçöes significativas em relaçäo a R de V1, RT e a onda Q em D1, aVL, V5 e V6