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Prevalência e vulnerabilidade à infecção pelo HIV de moradores de rua em São Paulo, SP / Prevalence and vulnerability of homeless people to HIV infection in São Paulo, Brazil
Grangeiro, Alexandre; Holcman, Márcia Moreira; Onaga, Elisabete Taeko; Alencar, Herculano Duarte Ramos de; Placco, Anna Luiza Nunes; Teixeira, Paulo Roberto.
  • Grangeiro, Alexandre; Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. São Paulo. BR
  • Holcman, Márcia Moreira; Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Superintendência de Controle de Endemias. São Paulo. BR
  • Onaga, Elisabete Taeko; Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids. São Paulo. BR
  • Alencar, Herculano Duarte Ramos de; Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids. São Paulo. BR
  • Placco, Anna Luiza Nunes; Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids. São Paulo. BR
  • Teixeira, Paulo Roberto; Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids. São Paulo. BR
Rev. saúde pública ; 46(4): 674-684, Aug. 2012. tab
Artículo en Inglés, Portugués | LILACS, SES-SP | ID: lil-646466
RESUMO

OBJETIVO:

Analisar a prevalência e o perfil de vulnerabilidade ao HIV de moradores de rua.

MÉTODOS:

Estudo transversal com amostra não probabilística de 1.405 moradores de rua usuários de instituições de acolhimento de São Paulo, SP, de 2006 a 2007. Foi realizado teste anti-HIV e aplicado questionário estruturado. O perfil de vulnerabilidade foi analisado pela frequência do uso do preservativo, considerando mais vulneráveis os que referiram o uso nunca ou às vezes. Foram utilizadas regressões logística e multinomial para estimar as medidas de efeito e intervalos de 95% de confiança.

RESULTADOS:

Houve predominância do sexo masculino (85,6%), média de 40,9 anos, ter cursado o ensino fundamental (72,0%) e cor não branca (71,5%). A prática homo/bissexual foi referida por 15,7% e a parceria ocasional por 62,0%. O número médio de parcerias em um ano foi de 5,4 e mais da metade (55,7%) referiu uso de drogas na vida, dos quais 25,7% relataram uso frequente. No total, 39,6% mencionaram ter tido uma doença sexualmente transmissível e 38,3% relataram o uso do preservativo em todas as relações sexuais. A prevalência do HIV foi de 4,9% (17,4% dos quais apresentaram também sorologia positiva para sífilis). Pouco mais da metade (55,4%) tinha acesso a ações de prevenção. A maior prevalência do HIV esteve associada a ser mais jovem (OR 18 a 29 anos = 4,0 [IC95% 1,54;10,46]), história de doença sexualmente transmissível (OR = 3,3 [IC95% 1,87;5,73]); prática homossexual (OR = 3,0 [IC95% 1,28;6,92]) e à presença de sífilis (OR = 2,4 [IC95% 1,13;4,93]). O grupo de maior vulnerabilidade foi caracterizado por ser mulher, jovem, ter prática homossexual, número reduzido de parcerias, parceria fixa, uso de drogas e álcool e não ter acesso a ações de prevenção e apoio social.

CONCLUSÕES:

O impacto da epidemia entre moradores de rua é elevado, refletindo um ciclo que conjuga exclusão, vulnerabilidade social e acesso limitado à prevenção.
ABSTRACT

OBJECTIVE:

To assess the prevalence and vulnerability of homeless people to HIV infection.

METHODS:

Cross-sectional study conducted with a non-probabilistic sample of 1,405 homeless users of shelters in the city of São Paulo, southeastern Brazil, from 2006 to 2007. They were all tested for HIV and a structured questionnaire was applied. Their vulnerability to HIV was determined by the frequency of condom use those who reported using condoms only occasionally or never were considered the most vulnerable. Multinomial and logistic regression models were used to estimate effect measures and 95% confidence intervals.

RESULTS:

There was a predominance of males (85.6%), with a mean age of 40.9 years, 72.0% had complete elementary schooling, and 71.5% were non-white. Of all respondents, 15.7% reported being homosexual or bisexual and 62,0% reported having casual sex. The mean number of sexual partners in the last 12 months was 5.4. More than half (55.7%) of the respondents reported lifetime drug use, while 25.7% reported frequent use. Sexually-transmitted disease was reported by 39.6% of the homeless and 38.3% reported always using condoms. The prevalence of HIV infection was 4.9% (17.4% also tested positive for syphilis) and about half of the respondents (55.4%) had access to prevention programs. Higher HIV prevalence was associated with younger age (18-29 years, OR = 4.0 [95%CI 1.54;10.46]); past history of sexually-transmitted disease (OR = 3.3 [95%CI 1.87;5.73]); homosexual sex (OR = 3.0 [95%CI 1.28;6.92]); and syphilis (OR = 2.4 [95%CI 1.13;4.93]). Increased vulnerability to HIV infection was associated with being female; young; homosexual sex; having few partners or a steady partner; drug and alcohol use; not having access to prevention programs and social support.

CONCLUSIONS:

The HIV epidemic has a major impact on homeless people reflecting a cycle of exclusion, social vulnerability, and limited access to prevention.
Asunto(s)


Texto completo: Disponible Índice: LILACS (Américas) Asunto principal: Conducta Sexual / Personas con Mala Vivienda / Infecciones por VIH / Condones Tipo de estudio: Estudio de etiología / Estudio observacional / Estudio de prevalencia / Estudio pronóstico / Investigación cualitativa / Factores de riesgo / Estudio de tamizaje Límite: Adolescente / Adulto / Femenino / Humanos / Masculino País/Región como asunto: America del Sur / Brasil Idioma: Inglés / Portugués Revista: Rev. saúde pública Año: 2012 Tipo del documento: Artículo Institución/País de afiliación: Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo/BR / Universidade de São Paulo/BR

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