Nos embates com a morte, os médicos não estão sozinhos / In the struggles with death, doctors are not alone
Saúde Soc
; 21(3): 719-734, jul.-set. 2012. tab
Article
en Pt
| LILACS
| ID: lil-654493
Biblioteca responsable:
BR67.1
ABSTRACT
Diferentes pesquisas já identificaram dificuldades, entre médicos, de lidar com o morrer humano, mas tais dificuldades estariam associadas a formas mais amplas e coletivas de lidar com o tema. O presente estudo buscou explorar tal perspectiva investigando grupos fora do âmbito dos profissionais da saúde. Dois grupos, cariocas e mineiros, foram entrevistados sobre suas visões e atitudes em relação ao tema morte. Todos na faixa etária 50-60 anos, com nível superior de escolaridade e padrão socioeconômico e cultural semelhantes e sem atuação em áreas relacionadas à saúde. A pesquisa foi de natureza exploratória e a metodologia de análise foi a do discurso do sujeito coletivo - (DSC) que se baseia na teoria da representação social. Os resultados sugeriram diferenças locais e de gênero. Os mineiros incluíram laços familiares e de amizade como elementos da qualidade de vida. Entre as mulheres (cariocas e mineiras) houve referências frequentes a elementos familiares como pai, mãe, avó e tia. No conjunto, cariocas e mineiros expressaram um padrão geral preferem não pensar na morte, escolhem pensar na qualidade de vida para envelhecer bem. Ainda que o falar sobre a velhice traga relevantes reflexões, a dificuldade do falar sobre a morte revelou-se também nesse deslocamento. Se os médicos se veem hoje tateando caminhos para lidar com os limites da biomedicina, também os investigados encontram-se envolvidos com o uso de tais recursos no enfrentamento da morte. Uns e outros estão às voltas com as angústias que o tema favorece.
Palabras clave
Texto completo:
1
Índice:
LILACS
Asunto principal:
Médicos
/
Calidad de Vida
/
Religión
/
Envejecimiento
/
Muerte
Límite:
Humans
Idioma:
Pt
Revista:
Saúde Soc
Asunto de la revista:
SAUDE PUBLICA
Año:
2012
Tipo del documento:
Article