Estilos de vida saudável: novas referências nas práticas de saúde / Healthy lifestyles: new benchmarks in health practices

RESUMO

Este estudo questiona aspectos que compõem a complexidade de um referencial de estilo de vida saudável e objetiva conhecer a percepção do enfermeiro sobre a qualidade de vida, identificar estratégias utilizáveis em sua vida pessoal, além de analisar a transferência de seu próprio modelo para a prática profissional. O referencial teórico escolhido foi o Modelo de Crenças em Saúde (MCS) desenvolvido nos Estados Unidos da América na década de 50, por um grupo de psicólogos sociais. O MCS foi estruturado sob quatro dimensões 1. susceptibilidade percebida; 2. seriedade percebida; 3. benefícios percebidos; 4. barreiras percebidas. Como recurso metodológico para a análise de dados, foi utilizada a Análise de Conteúdo Bardin (1977). Os informantes foram quinze enfermeiros das seis Regionais de Saúde de Fortaleza, com atuação na Rede Básica de Saúde. Foram identificadas sete categorias 1. percepção sobre Qualidade de Vida (QV); 2. estilo de vida saudável; 3. susceptibilidade percebida; 4. seriedade percebida; 5. benefícios percebidos; 6. barreiras percebidas; 7. transferência do modelo para a prática - além de vinte unidades temáticas. A investigação possibilitou concluir que o grupo em questão tem uma percepção sobre QV baseada na estabilidade econômica; não tem um estilo de vida saudável e transfere para prática dois tipo de orientações a ideológica e a afetiva. O trabalho com suas relações desgastantes foi apontado como principal fator gerador de estresse e da falta de qualidade de vida desses enfermeiros...