Sobre as novas formas de colonização em terapia ocupacional. Reflexões sobre Justiça Ocupacional na perspectiva de uma filosofia política crítica, / About new forms of colonization in occupational therapy. Reflections on the Idea of Occupational Justice from a critical-political philosophy perspective, / A propósito de nuevas formas de colonización en terapia ocupacional. Reflexiones sobre la idea de Justicia Ocupacional desde la perspectiva de una filosofía política crítica,
Cad. Bras. Ter. Ocup
; 28(4): 1365-1381, Oct.-Dec. 2020.
Article
de Pt
|
LILACS-Express
| LILACS, INDEXPSI
| ID: biblio-1153643
Bibliothèque responsable:
BR1.1
RESUMO
Resumo Reflete, a partir de uma leitura da filosofia política crítica, a emergência de uma variedade de novos conceitos na terapia ocupacional do centro-norte. Nesta proliferação de uma nova gramática tecnocrática, a ideia de Justiça Ocupacional (JO) tem sido amplamente incidente nesse cenário, bem como noutros espaços da periferia do sistema global da profissão, particularmente na academia. Mantenho que a ideia de Justiça Ocupacional (JO) se tornou uma nova forma de colonização epistémica e cognitiva da profissão, que funciona sob pressupostos universalistas, essencialistas e liberais, típicos da moderna racionalidade eurocêntrica. Esta ideia de uma justiça única e homogénea, associada à noção de ocupação, permitiria à terapia ocupacional (TO) cumprir metodologicamente a sua tarefa profissional e disciplinar estruturada sob os pressupostos científicos e assim responder adequadamente às novas complexidades do seu fazer. No desenvolvimento do texto, a ideia de justiça é reconhecida como uma noção derivada da filosofia política. É feita uma distinção entre o que é justo e as teorias de justiça derivadas dessa definição neste campo filosófico, nos seus aspectos liberais e comunitários. Delimitada na ideia de Justiça Ocupacional e nas suas implicações coloniais, propõe-se uma ideia de Justiça baseada num critério ético-político crítico, não instrumental técnico, sustentada na ideia de um bom viver no plural, sob uma lógica pluricultural, de ordem anticapitalista, comunitária e que materializa uma expressão de direitos humanos situados, baseada no reconhecimento da diferença.
ABSTRACT
Abstract Based on a critical political philosophy position, this is a reflection of the emergence of a variety of new concepts in North-Eurocentric occupational therapy. In this new prolific and technocratic grammar, the idea of Occupational Justice (OJ) has largely resulted in this scenario, as well as in other spaces on the periphery of the global world system of the profession, particularly in academia. I maintain that the idea of Occupational Justice (OJ) has become a new form of epistemic and cognitive colonization of the profession, which operates under universalist, essentialist, liberal assumptions, typical of modern Eurocentric rationality. This idea of a single, homogeneous justice, associated with the notion of occupation would allow occupational therapy (OT) to methodologically fulfill its professional and disciplinary work structured under scientific assumptions and respond appropriately to the new complexities of its work. In the development of the text, the idea of justice is recognized as a notion that derives from political philosophy. The definition of justice and fairness is presented, according to political philosophy in its liberal and communitarian aspects. The scope of the idea of OJ and its colonial implications are delimited, an idea of Justice is proposed based on a critical ethical-political criterion, not an instrumental technical one, based on the idea of good living, under a pluricultural logic, of an anti-capitalist, communitarian order and that it materializes an expression of situated human rights, based on the recognition of difference.
RESUMEN
Resumen Se reflexiona, desde una lectura de la filosófica política crítica, la emergencia de una variedad de nuevos conceptos en la terapia ocupacional nor-eurocéntrica. En esta prolífera nueva gramática tecnocrática, la idea de Justicia Ocupacional (JO) ha resultado ampliamente incidente en dicho escenario, así como en otros espacios de la periferia del sistema mundo global del oficio, en particular en la academia. La idea de Justicia Ocupacional (JO), sostengo, se ha constituido en una nueva forma de colonización epistémica y cognitiva de la profesión, la que opera bajo supuestos universalistas, esencialista, liberales, propios de la racionalidad moderna eurocéntrica. Esta idea de una justicia única, homogénea, asociada a la noción de ocupación permitiría a la terapia ocupacional (TO) cumplir metodológicamente su quehacer profesional y disciplinar estructurado bajo los supuestos científicos y así responder de manera apropiada a las nuevas complejidades de su quehacer. En el desarrollo del texto, se reconoce la idea de justicia como una noción que deriva de la filosofía política. Se distingue qué es lo justo y las teorías de justicia derivadas de dicha definición en este campo filosófico, en sus vertientes liberales y comunitaristas. Delimitados los alcances en la idea de JO y sus implicancias coloniales, se propone una idea de Justicia basada en un criterio ético político crítico, no técnico instrumental, sustentado en la idea de buenos vivires, bajo una lógica pluricultural, de orden anticapitalista, comunitarista y que materialice una expresión de derechos humanxs situados, fundamentados en el reconocimiento de la diferencia.
Mots clés
Texte intégral:
1
Indice:
LILACS
langue:
Pt
Texte intégral:
Cad. Bras. Ter. Ocup
Thème du journal:
Medicina F¡sica e ReabilitaÆo
Année:
2020
Type:
Article