Your browser doesn't support javascript.
loading
Ocupação e disfonia em servidores municipais de Belo Horizonte / Ocupação e disfonia em servidores municipais de Belo Horizonte
Belo Horizonte; s.n; 20141127. 95 p.
Thèse Dans Portugais | LILACS-Express | LILACS, InstitutionalDB, BDENF, ColecionaSUS | ID: biblio-1370384
RESUMO
Antecedentes está reconhecido o peso da situação socioeconômica quando se estudam os diferenciais na distribuição dos eventos de saúde. As diferenças sociais explicam porque os grupos em desvantagem experimentam sistematicamente pior saúde ou maior risco de adoecimento que os grupos em vantagem. A associação entre categoria ocupacional e adoecimento pode ser atribuída a um diferencial de distribuição das condições de trabalho (tipo e qualidade) para os grupos ocupacionais. Com o crescimento do setor público, a massa de trabalhadores está submetida a novas formas de gestão da força de trabalho. Esse cenário indica uma tendência à precarização nas relações de emprego que promove, com isso, a intensificação do trabalho no serviço público e culmina, muitas vezes, com o adoecimento dos trabalhadores. As diferenças na distribuição das morbidades vocais de acordo com a profissão justificaram medidas de saúde e segurança no ambiente de trabalho em vários países e elas são baseadas em evidências concernentes ao peso dos fatores ambientais e contextuais no desencadeamento ou agravamento dos sintomas vocais. A comparação dos grupos de acordo com os diferenciais de trabalho é útil para se avaliar equidade e amparar a formulação de políticas públicas.

Objetivo:

investigar a associação entre disfonia e status ocupacional entre servidores municipais de Belo Horizonte.

Métodos:

em 2009 obteve-se uma amostra de 5.646 (14%) do universo de 38.304 servidores municipais de Belo Horizonte. Um questionário foi disponibilizado em sítio da internet elaborada com referência na pergunta Algum médico já lhe disse que você tem disfonia?, sendo as possíveis respostas sim ou não. As variáveis explicativas selecionadas foram; 1) sociodemográficas faixa etária, situação conjugal e declaração de filhos; 2) características do trabalho status ocupacional, ruído e características psicossociais; 3) saúde e hábitos de vida transtorno mental, rinite/sinusite, atividade física. A análise multivariável foi realizada estratificando a amostra por gênero, pois, no caso da disfonia, tal aspecto assume relevância na explicação do desfecho. Estimou-se um modelo de regressão logística baseado no modelo teórico. Permaneceram no modelo final as variáveis com nível de significância de <0,05.

Resultados:

participaram do estudo 1.729 (32,25%) trabalhadores do sexo masculino e 3.632 (67,75%) do sexo feminino, a maior proporção de trabalhadores foi observada na faixa etária de 40 a 49 anos de idade (29,61% masculino, 36,73% feminino). Evidenciou-se efeito distinto entre homens e mulheres quando as associações com a disfonia foram descritas. Diferentemente do sexo masculino, os fatores ocupacionais influenciaram o desfecho no grupo feminino. No grupo masculino, encontraram-se associações significativas entre disfonia e características sociodemográficas, aspectos relacionados à saúde e hábitos de vida. No grupo feminino, foram encontradas associações significativas entre disfonia e características sociodemográficas, trabalho e aspectos relacionados à saúde e hábitos de vida.

Conclusão:

a disfonia está relacionada à faixa etária, às características do trabalho (para as mulheres), saúde e hábitos de vida, resultados que sustentam a necessidade de políticas voltadas para a prevenção dos fatores de risco eminentes. Diferenciais de gênero devem ser considerados nas ações de promoção da saúde no grupo de servidores municipais. Ao adotar o conceito de gênero, procurou-se chamar a atenção para a construção social e histórica do feminino e do masculino e para as relações sociais entre os sexos, marcadas, em nossa sociedade, por uma forte assimetria.
ABSTRACT

Background:

it is recognized the influence of socioeconomic status when studying the differences in the distribution of health events. Social differences explain why disadvantaged groups systematically experience worse health or increased health risk compared to the groups in advantage. The association between occupational category and the illness can be attributed to a differential distribution of working conditions (type and quality) for the occupational groups. With the growth of the public sector, workers are subjected to new forms of management of the workforce. This scenario indicates a tendency to precariousness employment relations that promote intensification of work in public service and often cause illness among workers. The differences in the distribution of vocal morbidity according to the profession justified measures of health and safety in the workplace in several countries and they are based on evidence of environmental and contextual factors in the development of vocal symptoms. The comparison of groups according to the differential work is useful to assess equity and sustain the formulation of public policies.

Objective:

to investigate the association between occupational status and the distribution of dysphonia of municipal employees of Belo Horizonte.

Methods:

in 2009, a sample of 5646 (14%) of the population of 38 304 municipal employees of Belo Horizonte was obtained. A questionnaire was made available on an Internet Web site that could be entered only after the respondent had given consent. The response variable was drawn up with reference to the question Has a doctor ever told you that you have dysphonia?, for which the possible responses were yes or no. The explanatory variables were selected; 1) Socio-demographic age group, conjugal situation and children, 2) work characteristics occupational status, noise and psychosocial demand, 3) health and lifestyle characteristics mental disorder, rhinitis/sinusitis and physical activity. Multivariate analysis was performed by stratifying the sample by gender, as in the case of dysphonia such aspect has some relevant in explaining the outcome. Was estimate logistic regression model based on the theoretical model. The final model included the variables with a significance level of <0.05.

Results:

participated in the study 1,729 (32.25%) male workers and 3,632 (67.75%) were females, the highest proportion of workers was observed in the age group 40-49 years old (29.61% male, 36.73% female). The associations relating to dysphonia were found to be different between men and women. Differing from men, occupational factors inuenced the outcome among women. Among men, there were signicant associations between dysphonia and sociodemographic characteristics, health-related factors, and lifestyle factors. In the female group, significant associations between dysphonia and sociodemographic characteristics, work and health-related characteristics and lifestyle habits were found.

Conclusion:

dysphonia is related to age, the characteristics of the job (for women), health and lifestyle, support the need for policies aimed at the prevention of eminent risk factors. Gender differentials should be taken into consideration in health promotion actions among this group of municipal employees. By adopting the concept of genre, we tried to draw attention to the social and historical construction of feminine and masculine and social relations between the sexes, in our society marked by strong asymmetry
Texte intégral: Disponible Indice: LILAS (Amériques) Type d'étude: Étude pronostique / Facteurs de risque langue: Portugais Année: 2014 Type: Thèse

Documents relatifs à ce sujet

MEDLINE

...
LILACS

LIS

Texte intégral: Disponible Indice: LILAS (Amériques) Type d'étude: Étude pronostique / Facteurs de risque langue: Portugais Année: 2014 Type: Thèse