Sociedade e estresse / Society and stress
J. bras. med
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78(3): 102-, mar. 2000.
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Dans Portugais
| LILACS
| ID: lil-289088
RESUMO
O autor inicia enfocando o estresse como esforço adaptativo do organismo, que pressupõe interação ou intercâmbio com outros organismos. Salienta que a sociedade também é um organismo que pleiteia sua preservação à custa de forças internas de coesão (sociais) e externas de interação (ambientais ou ecológicas), cuja dialética tem como resultado um equilíbrio dinâmico chamado "funcionamento ético". Afirma que a sociedade de hoje parece atingida por um processo "cancerígeno", na medida em que um grupo de pessoas, movido por interesses individuais, vem cada vez mais concentrando o poder e a riqueza em detrimento dos demais grupos, que, gradativa e inexoravelmente, estão se exaurindo. Chama a modernidade de "ideologia do lucro" ao justificar a necessidade de investir em tecnologia e romper com as estruturas públicas que "entravam" o desenvolvimento, para permitir o "livre" mercado, e com ele a prosperidade social e os empregos - quando o que se observa é a concentração do capital e da renda nas mãos de uns poucos e perda das garantias sociais de muitos. Questiona os meios de comunicação que agem "sensibilizando" a população na direção de uma esperança, que nunca chega "a economia precisa ser ágil, desburocratizada, desregulamentada, privatizada. Cada um deve contribuir com sua aptidão e seu esforço, livremente, para o almejado desenvolvimento e todos viveremos melhor"! Mas a realidade é outra. Ao lado da pujança, aumenta no mundo todo, o número de desempregados. Os benefícios sociais são reduzidos. O acesso à educação e saúde torna-se mais difícil. Crescem a violência e as drogas. O autor comenta que se alguns homens crescerem exageradamente, muitos outros fenecerão. Mais cedo ou mais tarde todo o organismo social morrerá. Um organismo sobrevive quando suas partes conseguem conviver. Interagir. "Funcionar eticamente". Destaca que, apesar de as pessoas estarem indiferentes, anestesiadas e iludidas, já se nota um inegável aumento da consciência ecológica e indisfarçável percepção de que a técnica (não a técnica, mas o delírio da técnica) é uma falácia. Aos poucos, as pessoas estarão se reunindo para discutir estratégias de como se aproximarem mais, como cooperarem mais! Conclui afirmando que o grande desafio é romper a inércia. Administrar o "delírio de poder" e resgatar o respeito pelo outro
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Indice:
LILAS (Amériques)
Sujet Principal:
Contrôle social formel
/
Stress physiologique
/
Stress psychologique
Limites du sujet:
Humains
langue:
Portugais
Texte intégral:
J. bras. med
Thème du journal:
Médicament
Année:
2000
Type:
Article
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