Conglomerados de violência em Pernambuco, Brasil / Violence clusters in Pernambuco, Brazil
Rev. panam. salud pública
; 18(2): 122-128, ago. 2005. mapas
Article
de Pt
| LILACS
| ID: lil-420099
Bibliothèque responsable:
BR1.1
RESUMO
OBJETIVO:
Analisar o padrão espacial das taxas de mortalidade por homicídio em homens com idade de 15 a 49 anos no Estado de Pernambuco, Brasil, nos períodos de 1980 a 1984 e de 1995 a 1998, e identificar conglomerados de violência.MÉTODOS:
Os dados sobre mortalidade foram obtidos junto ao Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde. A média das taxas de mortalidade por homicídio foi estimada por município para os dois períodos. O coeficiente de Moran, que varia de - 1 a + 1, foi calculado para explorar a dependência espacial. Um coeficiente positivo indica um conglomerado de valores semelhantes, enquanto que um coeficiente negativo indica a adjacência de valores dessemelhantes. Para localizar os conglomerados de municípios com taxas de homicídio altas e baixas, foi utilizado o indicador local de autocorrelação espacial (LISA). Por último, foi construído o mapa de Moran, que permite identificar os municípios com LISA estatisticamente significativo e, ao mesmo tempo, pode revelar se o agrupamento de municípios tem taxas de homicídio altas ou baixas.RESULTADOS:
Os resultados do coeficiente de Moran para os períodos investigados apresentaram valores positivos (0,392 e 0,291, respectivamente) e altamente significativos (P < 0,001). Comparando-se os dois períodos analisados através do mapa de Moran, foi possível observar, no primeiro período, um conglomerado de altas taxas de homicídios predominante na Região da Mata Sul, próxima à Região Metropolitana. No segundo, foram identificados dois conglomerados, um predominantemente urbano, situado na Região Metropolitana, e outro no interior do Estado, no chamado Polígono da Maconha.CONCLUSÕES:
O estudo sugere que não são exatamente as condições socioeconômicas as responsáveis pelos conglomerados de homicídios, mas sim a sua associação com o tráfico e o comércio ilícito de drogas.ABSTRACT
Objectives. To analyze the spatial distribution of homicide mortality rates among males 15 to 49 years old in the state of Pernambuco, Brazil, for the periods of 1980 to 1984 and 1995 to 1998, and to identify violence clusters. Methods. Mortality data were obtained from the Brazilian Ministry of Health's Mortality Information System. The mean homicide mortality rate was estimated for each municipality in the state for the two periods. The Moran coefficient was calculated to determine spatial autocorrelation. (The Moran coefficient ranges from 1 to +1, with a positive coefficient indicating a cluster of similar values, and a negative coefficient indicating adjacent dissimilar values.) To identify clusters of municipalities with either high or low homicide mortality rates, the local indicator of spatial association (LISA) was used. Finally, a Moran map was constructed to identify municipalities with statistically significant LISA values and to identify clusters of municipalities with either high or low homicide mortality rates. Results. The Moran coefficient for 19801984 was 0.392, and for 19951998 it was 0.291 (P < 0.001). In the 19801984 period, one cluster of high homicide mortality rates was found in the Mata Sul region of the state, close to the metropolitan region of the state capital, Recife. In the 19951998 period, two violence clusters were identified a predominantly urban one in the Recife metropolitan region, and the other in the state interior, in an area known as the "Marijuana Polygon" (Polígono da Maconha). Conclusion. This study suggests that the violence clusters are not the result of the socioeconomic conditions per se, but rather the consequence of the interaction between poor economic conditions and drug trafficking
Mots clés
Texte intégral:
1
Indice:
LILACS
Sujet Principal:
Violence
Limites du sujet:
Adolescent
/
Adult
/
Humans
Pays comme sujet:
America do sul
/
Brasil
langue:
Pt
Texte intégral:
Rev. panam. salud pública
Thème du journal:
SAUDE PUBLICA
Année:
2005
Type:
Article