Efeitos cardiovascular e renal da Atorvastatina na prole adulta de ratos de mães submetidas à restrição protéica / Cardiovascular and renal effects of Atorvastatin in adult rat offspring of mothers submitted protein restriction

RESUMO

As estatinas são drogas que reduzem o colesterol e tem sido mostrado prevenirem os eventos cardíacos. Seus efeitos diretos no remodelamento cardíaco e renal, quando administrado em animais programados com restrição protéica, continua sendo buscado. Métodos e Resultados: Wistar machos com 6 meses de idade, proles originadas de fêmeas alimentadas com proteína normal (NP, 19% de proteína), ou baixa em proteína (LP, 5% de proteína), durante a gestação e os primeiros 10 dia após o nascimento foram estudados. Após o desmame, os filhotes machos foram adicionados aos grupos não tratados ou aos grupos tratados com atorvastatina (baixa e alta doses, 5 ou 30 mg/kg/dia) em dois diferentes períodos (dos 21 dias de vida aos 3 meses e dos 3 aos 6 meses). A pressão arterial (PA) foi 30 % maior na prole LP não tratada do que nas proles tratadas (de 165+-6 mmHg a 127+-3 mmHg, P<0,01). Após um mês somente de tratamento a prole LP não tratada continuou como aumento da PA. Comparada com a prole LP não tratada, a atorvastatina reduziu a glicose sanguínea (menor 30%, P<0,05) e o crescimento do cardiomiócito (menor 24%, P<0,05), enquanto a prole LP não tratada mostrou aumento da fibrose intersticial (maior 74%, P<0,01), redução da vascularização do miocárdio (menor 25%, P<0,01) e maior redução do número de cardiomiócitos (menor 38%, P<0,01) do que os LP tratados. O N (glomérulos) foi maior nos grupos tratados com estatinas, do que no grupo LP não tratado, foi maior 47% (P<0,01) com o tratamento precoce e maior 29% (P<0,05) com o tratamento tardio. Conclusão: A atorvastatina de 3-6 meses em ambos baixa e alta doses (porém não de 0-3 meses) tem efeitos benéficos melhorando a vascularização do miocário e atenuando a fibrose e a perda de cardiomiócitos e glomérulos...

ABSTRACT

Statins are cholesterol-lowering drugs that have been proved to prevent cardiac events. Their direct effects on cardiac and renal cortex remodeling, when administered in programmed protein restricted animals, remain to be addressed. Methods and results: Wistar male 6-mo-old offspring from dams fed normal protein (NP, 19% of protein), or low-protein (LP, 5% of protein) during pregnancy and first 10 days after birth were studied. After weaning, male pups were allocated to untreated of treat groups with atorvastatin (low and high doses, 5 or 30 mg/kg/day) in two different periods (from 21-days-old to 3-mo-old and from 3 to 6-mo-old). The blood pressure (BP) was 30% greater in untreated LP offspring than in treated offspring (from 165+-6 mmHg to 127+-3 mmHg, P<0.01). After one month of treatment only untreated LP offspring continues with high BP. Compared to untreated LP offspring, atorvastatin reduced blood glucose (less 30%, P<0.05) and cardiomyocyte size (less 24%, P<0.05), while untreated LP offspring showed greater interstitial fibrosis (plus 74%, P<0.01), reduction of myocardial vascularization (less 25%, P<0.01) and major reduction of cardiomyocyte number (less 38%, P<0.01) than treated LP offspring. N(glomerule) were greater in the statins-treated groups than in the LP untreated group, was +47% (P<0.01) with early treatment and 29% (P<0.05) with late treatment. Conclusion: Atorvastatin from 3-6-mo in both low and high doses (but not from 0-3-mo) has beneficial effects improving myocardial vascularization and attenuating fibrosis and cardiomyocyte and glomeruli loss...