Methotrexate na asma grave dependente de corticóide sistêmico / Methotrexate in the treatment of ashma

RESUMO

Introdução: a utilização do methotrexate (MTX) no tratamento da asma brônquica contínua controverso. O objetivo deste manuscrito é apresentar uma série de casos de asma tratados com esta medicação. Métodos: estudo descritivo, de uma série de casos de pacientes portadores de asma brônquica grave atendidos no ambulatório de Pneumologia do Hospital Universitário Antônio Pedro. Resultados: no período de março de 1993 a setembro de 2001 foram avaliados 32 pacientes portadores de asma grave em uso de MTX. Vinte e um pacientes utilizaram 7,5 mg semanais de MTX e 11 pacientes foram medicados com 15 mg semanais. Após 6 meses de uso do MTX observou-se uma melhora clínica em todos os pacientes. Não houve correlação entre a melhora clínica e os achados funcionais dos pacientes. Não foi observada diferença estatisticamente significante entre os achados espirométricos e os achados gasométricos encontradas antes e após 6 meses de uso de MTX nos dois grupos analisados. Não foi verificada diferença na melhora funcional entre os pacientes usando 7,5 mg e os pacientes usando 15 mg semanais de MTX. Entretanto, o grupo de pacientes usando 15 mg de MTX referiu melhora clínica em relação ao grupo que usou 7,5 mg. Conclusão: nesta série de casos o MTX pareceu ser uma alternativa terapêutica viável e segura nos asmáticos crônicos graves corticodependentes.

ABSTRACT

Introduction: the use of methotrexate (MTX) in the treatment of bronchial asthma remains controversy. The objective of the present manuscript is to present a serie of asthma cases treated with MTX. Methods: descriptive study of a series of cases of patients affected by bronchial asthma handled in a the ambulatory of Pneumology of Hospital Universitário Antônio Pedro. Results: in the period of March 1993 through September 2001, 32 patients treated with MTX were evaluated. Twenty one patients received 7,5 mg weekly and 11 patients received 15 mg weekly. After 6 months of treatments with MTX all patients presented clinical improvement. There was no correlation between the clinical improvement and the respiratory function. There was no difference statistically significant between spirometric and gasometrical findings among patients before and after six months of using MTX. There was no functional difference between the group using 7,5 mg and group using 15 mg of MTX. However patients using 15 mg of MTX referred clinical improvement. Conclusion: In those series of cases MTX appeared to be both a safe and viable alternative for the bearers of severe chronicle asthma corticosteroid-dependents.