Prevalência de anticorpos anti-HIV em pacientes dialisados / Prevalence of anti-HIV antibody in dialysis patients

RESUMO

Pacientes dialisados correm alto risco de adquirirem infecçöes virais e as transfusöes de sangue säo comumente consideradas a fonte transmissora. No Brasil, estas säo as responsáveis pela infecçäo de 15% dos pacientes que desenvolvem a síndrome de imunodeficiência adquirida (SIDA). Assim, avaliamos o risco de nossos pacientes dialisados serem infectados pelo vírus da imunodeficiência adquirida pelo Western blot. O único provável fator de risco causador da contaminaçäo foram as transfusöes de sangue. Näo encontramos correlaçäo estatística entre infecçäo por HIV e HBV. Somente um paciente tinha leucopenia e relaçäo OKT/T8 baixa, e ela faleceu 90 dias após sorología positiva com SIDA (encefalopatia e sepsis). Dois pacientes faleceram após 4 e 16 meses de problemas cardiocirculatórios (näo relacionadas a SIDA). Três pacientes permaneceram assintomáticos em hemodiálise crônica 20, 36 e 37 meses após diagnóstico da infecçäo pelo HIV. Concluímos que a incidência desta infecçäo viral foi elevada e transfusöes sanguíneas colocam, no Brasil, pacientes dialisados em risco para infecçäo pelo HIV. Evoluçäo destes pacientes portadores de HIV e assintomáticos tem mostrado ser boa e a hemodiálise mostra ser um tratamento eficaz e importante da uremia nestes, a curto e médio prazo