Pico de fluxo de tosse voluntária como preditor de extubação / Peak voluntary cough flow as a predictor of extubation

RESUMO

Introdução: Apesar de ser terapêutica fundamental no paciente com insuficiência respiratória, a VM é um procedimento invasivo e está associada a uma série de complicações. Mais de 40% do tempo de VM é destinado ao desmame do suporte ventilatório. Vários índices preditivos têm sido utilizados nos protocolos de desmame para avaliar a capacidade em manter a ventilação espontânea. A falha de extubação, tem implicações clínicas importantes, pois a necessidade de reintubação está associada à piora do estado clínico e maior taxa de mortalidade na UTI. Objetivo: Avaliar o PFTV como preditor de sucesso de extubação em pacientes internados em uma UTI. Metodologia: Estudo de coorte prospectivo, realizado na UTI do Hospital Nossa Senhora da Conceição, com 86 pacientes, em uso de VM por mais de 48 horas, em processo de desmame e extubação. A avaliação do PFTV foi realizada imediatamente após o paciente ter alcançado sucesso no TVE, através de um Peak Flow Meter. Resultados: Dos pacientes que obtiveram sucesso de extubação, a média do PFTV foi de 73,63 L/min. A média de permanência na UTI foi de 15.28 ± 8.66 dias e o tempo de uso de VM foi de 8.79 ± 7.61 dias. A mortalidade nesses pacientes foi de 17.4%. Conclusão: Os valores de PFTV encontrados em nosso estudo, se assemelham aos descritos na literatura. Podendo-se concluir, que o PFTV pode ser um bom preditor de sucesso de extubação. (AU)