Ability for self-care in clients undergoing antineoplastic chemotherapy treatment / Capacidade para o autocuidado em clientes submetidos a tratamento quimioterápico antineoplásico

ABSTRACT

This study aimed to identify the self-care capacity of cancer clients treated at the chemotherapy service of a university hospital in Minas Gerais/Brazil. This was a cross-sectional study conducted with 79 adult and elderly participants diagnosed with primary cancer on antineoplastic chemotherapy treatment. Two instruments were used to achieve the proposed objective, one created by the authors for sociodemographic characterization and another translated, adapted and validated to Brazilian Portuguese to assess the capacity of self-care, namely, the Appraisal of Self Care Agency Scale-Revised, the ASAS-R. Most respondents were female (50.6%), married (58.2%), had between five and nine years of schooling (43.0%), had a family income of one to three minimum wages (86.1%) and were predominantly elderly (54.4%). The mean score obtained for self-care capacity was 57.8. A dichotomy between the patients' usual chores and their diagnoses was observed, but the participants also stated that they dedicate time and were willing to take care of their health. They also stated that they looked for the best ways to take care of themselves and sought updated information whenever necessary, although no statistically significant association was found between self-care scores and sociodemographic variables. This study allowed to show that sociodemographic variables such as education, income, religion and cohabitation should be taken into account by health professionals to favor the client's engagement in self-care actions.

RESUMO

Este estudo objetivou identificar a capacidade de autocuidado em clientes oncológicos que são atendidos no serviço de quimioterapia de um hospital universitário de Minas Gerais/Brasil. Trataou-se de um estudo transversal realizado com 79 participantes, adultos e idosos, diagnosticados com câncer primário em tratamento quimioterápico antineoplásico. Utilizou-se um instrumento construído pelos autores para a caracterização sociodemográfica e outro traduzido, adaptado e validado para o português brasileiro para avaliação da capacidade do autocuidado Appraisal of Self Care Agency Scale-Revised, o ASAS-R. A maioria dos entrevistados eram do sexo feminino (50,6%), casados (58,2%), anos de estudo entre cinco e nove anos (43,0%), renda familiar de um a três salários minimos (86,1%) e com predominância de idosos (54,4%). A média para a capacidade do autocuidado foi de 57,8. Observou-se que há uma dicotomia entre os afazeres habituais dos pacientes e seus diagnósticos, porém atenta-se que os participantes declararam dedicar tempo e ter disposição para cuidar da saúde, além disso, eles afirmam que procuram as melhores maneiras para se cuidar e buscam novas informações sempre que necessário, embora os resultados apontem que não houve relevância estatística entre os escores de autocuidado e as variáveis sociodemográficas. Os resultados permitem evidenciar que variáveis sociodemográficas como escolaridade, renda, religião e coabitação devem ser consideradas pelos profissionais de saúde para favorecer o engajamento do cliente nas ações de autocuidado