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As práticas corporais como dispositivos da biopolítica e do biopoder na Atenção Primária à Saúde / Body practices as biopolitics and biopower devices in Primary Health Care
Oliveira Junior, João Batista de; Grisotti, Márcia; Manske, George Saliba; Moretti-Pires, Rodrigo Otávio.
  • Oliveira Junior, João Batista de; Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. BR
  • Grisotti, Márcia; Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. BR
  • Manske, George Saliba; Universidade do Vale do Itajaí. Itajaí. BR
  • Moretti-Pires, Rodrigo Otávio; Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis. BR
Saúde debate ; 45(128): 42-53, jan.-mar. 2021.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1252215
RESUMO
RESUMO Este trabalho teve como objetivo analisar de que maneira as práticas corporais podem servir como instrumentos de controle dos corpos na Atenção Primária à Saúde, avaliando os discursos de profissionais da saúde que compõem uma Unidade Básica de Saúde, a partir dos conceitos de biopoder e biopolítica levantados por Michel Foucault. Trata-se de um estudo qualitativo, caracterizado como um estudo de caso. Foram realizados cinco grupos focais, um com a equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica e quatro com as equipes de Saúde da Família. Para a apreciação dos dados foi utilizada a Análise Temática. A pesquisa revela uma aplicação das práticas corporais ainda pautada em uma matriz biomédica, voltadas para a prevenção, o controle e o tratamento de doenças, com foco nas crônicas não transmissíveis. Tais práticas acabam por configurar dispositivos do biopoder e da biopolítica na Atenção Primária à Saúde, como controladoras dos corpos e como componentes estratégicos de uma medicalização social. No entanto, ao fim, também aponta para as possibilidades de exercícios de resistência e fissuras nas relações de poder estabelecidas nas práticas corporais, tomando-as potências de recriação de outros sentidos, para além daqueles hegemônicos, calcados em discursos biologicistas.
ABSTRACT
ABSTRACT This work aimed to analyze how body practices can serve as instruments to control bodies in Primary Health Care, evaluating the speeches of health professionals of a Basic Health Unit based on the concepts of biopower and biopolitics raised by Michel Foucault. This is a qualitative study, characterized as a case study. Five focal groups were carried out, with the Extended Family Health and Primary Care Center team and four as Family Health Teams. Thematic Analysis was used to approve the data. The research reveals that body practices continue to be a biomedical tool, aimed at prevention, control and treatment of diseases, focusing on chronic non-communicable diseases. Such practices end up configuring biopower and biopolitics devices in Primary Health Care, as body control and as strategic components of a social medicalization. However, in the end, it also points to the possibilities of resistance exercises and fissures of power relations established in body practices, taking these as a power to recreate other senses in addition to those hegemonic ones based on biologicist discourses.


Texto completo: DisponíveL Índice: LILACS (Américas) Tipo de estudo: Pesquisa qualitativa Idioma: Português Revista: Saúde debate Assunto da revista: Saúde Pública / Serviços de Saúde Ano de publicação: 2021 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Universidade Federal de Santa Catarina/BR / Universidade do Vale do Itajaí/BR

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